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Ao cobrar contrapartida de países ricos, Dilma encerra Rio+20

22 jun 2012 - 20h35
(atualizado às 21h54)
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Angela Chagas
Direto do Rio de Janeiro

A presidente encerrou a conferência por volta das 20h30 desta sexta-feira
A presidente encerrou a conferência por volta das 20h30 desta sexta-feira
Foto: Mauro Pimentel / Terra

A presidente Dilma Rousseff encerrou por volta das 20h30 desta sexta-feira a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) com um puxão de orelha nos países ricos, pela falta de comprometimento em financiar a proteção do ambiente. "Aplaudo em especial os países em desenvolvimento, que apresentaram seu compromisso mesmo na ausência da necessária contrapartida das nações ricas", disse.

Dilma citou o exemplo do Brasil como uma das economias emergentes que assumiu o desafio de fortalecer a cooperação internacional. Segundo ela, o país vai investir R$ 6 milhões para financiar o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma) e outros R$ 10 milhões para auxiliar no desenvolvimento de regiões vulneráveis da África.

A presidente voltou a defender o documento final da Rio+20 durante o encerramento da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. "O documento que aprovamos hoje não retrocede em relação à Eco92, nem à Cúpula de Joanesburgo, nem a nenhuma outra conferência. Ao contrário, avança. Lançamos as bases de uma agenda para o século 21. Tomamos decisões importantes. Trouxemos a erradicação da pobreza para o centro do debate, fortalecemos o Pnuma e criamos objetivos do desenvolvimento sustentável", afirmou a presidente, dizendo-se orgulhosa pelo País ter presidido e organizado a "mais democrática e participativa das conferências".

Ela também agradeceu os líderes das 193 que integram a ONU pelo consenso em torno do documento final da Rio+20, aprovado mais cedo. "O documento O Futuro que Queremos marca um avanço, um passo histórico foi dado em direção a um mundo mais justo e equânime", disse ao destacar que construções coletivas são mais fortes porque são de todos.

Dilma também defendeu o multilateralismo como uma marca da conferência. "Reafirmamos que esta é a via legítima para construção de soluções aos problemas que afetam a todos. Cabe a nós dar o efeito e a concretude ao que aqui conquistamos. Agora é hora de agir", completou a presidente ao declarar encerrada a conferência da ONU.

Fonte: Terra
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