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Secretário-geral da Rio+20 afirma que será "muito difícil" fechar um acordo

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O secretário-geral da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, Sha Zukang, reconheceu nesta segunda-feira que será "muito difícil" chegar a um acordo na cúpula que começará na semana que vem.

Zukang assegurou que até 134 chefes de Estado ou de governo solicitaram permissão para discursar na conferência dos dias 20, 21 e 22 de junho e assinalou que parte da dificuldade em fechar um acordo no documento final está nas "diferentes prioridades e diferentes níveis de desenvolvimento" dos países participantes.

"São mais que em 1992, quando houve 108 discursos e que em Johanesburgo em 2002, quando houve 104", assinalou o secretário- geral da Rio+20 em entrevista coletiva que concedeu após um encontro com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

As negociações do documento final da Rio+20 começaram há vários meses em Nova York e continuarão nesta semana na capital carioca.

Zukang explicou que caso não possa completar um documento na próxima sexta-feira após três dias de negociações, algo que espera que não ocorra, deverá estar pronto antes da cúpula em qualquer caso.

"Em nossa história já é recorrente que nos ponhamos de acordo no último minuto, infelizmente é assim, mas tomara que possamos mudar isto desta vez", comentou.

Perguntado pela ausência dos líderes de Estados Unidos, Alemanha ou Reino Unido, Zukang disse que "essas são questões internas de cada país, mas que não significa que esses países não estarão representados em grande nível" na cúpula.

Zukang se defendeu em seu papel neutro como representante da ONU e destacou que não sabe se "é bom ou ruim" que o presidente americano, Barack Obama; a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, não compareçam ao evento sobre desenvolvimento sustentável.

"Nosso modelo atual, após o grande aumento de população e o forte desenvolvimento econômico, já não é possível nem sustentável", declarou.

Zukang ressaltou que esta cúpula deve renovar os compromissos já assumidos na ECO92 sem eliminar os já pactuados, porque em 20 anos se viu "muito progresso econômico, mas não em desenvolvimento social e em proteção ao meio ambiente".

Em resposta às críticas lançadas por diferentes associações ecologistas que argumentam que a Rio+20 perdeu conteúdo ao longo das negociações, Zukang afirmou que tentou incluir "todos os grupos e setores envolvidos no conceito do desenvolvimento sustentável, incluindo a indústria, a sociedade e as organizações não-governamentais".

O dirigente das Nações Unidas admitiu que a reunião não estará isenta de "pequenos problemas porque isso é inevitável", mas reconheceu estar "profundamente impressionado" com os preparativos do Rio de Janeiro para organizar a conferência.

EFE   
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