Sea Shepherd condena anúncio do Japão de reiniciar caça de baleias
A organização ambientalista Sea Shepherd condenou neste domingo em comunicado o plano do Japão de retomar seu programa de caça de baleias com fins científicos no Oceano Antártico.
"As águas cristalinas do Oceano Antártico serão de novo ameaçadas pelos caçadores. Gostaria de lembrar ao governo japonês que as baleias desta região estão protegidas pelas leis internacionais. Qualquer violação dos santuários será considerada como um ato criminoso", disse Alex Cornelissen, diretor-executivo da Sea Shepherd.
Em 2014, o Japão suspendeu seu programa científico de pesca de baleias depois que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) qualificou de "pouco transparente" o processo.
A CIJ estabeleceu que a pesca baleeira do Japão não se ajustava aos "fins científicos" estabelecidos pela Comissão Baleeira Internacional (CBI), mas respondia a interesses comerciais.
Na próxima semana o governo japonês concederá uma "permissão especial" ao Instituto de Pesquisa de Cetáceos pelo que autorizará a pesca de 333 exemplares de baleia Minke para se ajustar à sentença emitida há dois anos.
A Sea Shepherd reivindicou este domingo a intermediação do primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, que visitará o Japão em Dezembro.
"A Austrália tem a responsabilidade internacional de intervir e prender os criminosos operando em nossas águas", assinalou Jeff Hansen, diretor na Austrália da Sea Shepherd.
