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Relação entre climas extremos e aquecimento gera polêmica

10 ago 2010 - 17h26
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Segundo ele, no entanto, ainda é "muito cedo" para apontar a culpa humana em razão de cada evento, apesar da incidência das alterações bruscas do clima. Baddour argumentou que uma causa possível para as chuvas na Ásia é o fenômeno La Niña, responsável pelo esfriamento natural da região do Pacífico.

De acordo com o banco de dados de catástrofes naturais da resseguradora Munich Re, "o número de eventos climáticos extremos como tempestades de vento e enchentes triplicou desde 1980, e espera-se que a tendência persista". Entre eles estão os deslizamentos na China e picos recordes de calor da Finlândia ao Kuwait.

Um estudo concluiu que o aquecimento global dobrou as chances de ondas de calor como a do verão europeu de 2003, quando 35 mil pessoas morreram. Temperaturas tão altas não poderiam ser explicadas por variações naturais.

Já o professor emérito de meteorologia climática na Universidade de Estocolmo, Henning Rodhe, alegou que "o aquecimento pode trazer mais eventos climáticos extremos " como o calor na Rússia, mas não se pode concluir que isso é causado pelo aquecimento global".

Recordes
Relatórios da agência espacial americana (Nasa) indicaram que junho de 2010 foi o mais quente em nível mundial já registrado. Nos últimos dois meses, nove países da África e Ásia tiveram recordes de calor. O Leste dos Estados Unidos também sofre com um verão extremamente quente. O primeiro quadrimestre de 2010 foi considerado o período com maior intensidade de aquecimento dos últimos 131 anos, com a temperatura média continental para o mês de abril atingindo 1,29ºC acima da média do século 20.

No Brasil, a situação também preocupa. Entre 1980 e 2005, as temperaturas máximas medidas em Pernambuco, por exemplo, subiram 3ºC. Modelos climáticos apontam que, nesse ritmo, o número de dias ininterruptos de estiagem irá aumentar e envolver uma faixa que vai do Norte do Nordeste do país até o Amapá, na região Amazônica.

Fonte: EcoDesenvolvimento
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