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Promessa dos EUA para reduzir emissões de gases-estufa agrada UE

24 nov 2009 - 16h45
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A União Europeia afirmou nesta terça-feira que a promessa dos Estados Unidos de propor uma redução das emissões de gases do efeito estufa na conferência da ONU sobre a mudança climática poderia aumentar as possibilidades de sucesso da reunião de dezembro em Copenhague.

Mas o comissário para Meio Ambiente do bloco de 27 países, Stavros Dimas, também indicou que terá que esperar para que a promessa se transforme em legislação e advertiu que os diálogos de Copenhague serão um fracasso se não se chegar a um acordo sobre financiamento.

Um alto funcionário dos Estados Unidos indicou na segunda-feira que negociadores norte-americanos irão propor uma meta de redução de emissões em Copenhague que leve em conta um projeto de lei sobre clima, pendente no Senado daquele país.

O lento progresso no projeto dificultou a posição de Washington diante dos diálogos. A incerteza sobre o que os Estados Unidos serão capazes de oferecer é uma das razões pela qual a maioria dos países perdeu a esperança por um acordo em Copenhague.

"Parece que uma postura provavelmente será apresentada logo pelos Estados Unidos", comentou Dimas durante um debate no Parlamento europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

"Uma posição positiva dos Estados Unidos teria efeitos avassaladores sobre outros países em termos de melhorar as perspectivas de sucesso em Copenhague", acrescentou.

A conferência do clima na capital dinamarquesa acontecerá entre 7 e 18 de dezembro. Pelo menos 190 países negociarão um novo acordo global que substituirá o Protocolo de Kyoto, de 1997, para enfrentar o aquecimento global.

Entre as principais divergências estão as metas de redução das emissões de gases causador do efeito estufa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e como levantar bilhões de dólares para ajudar os países pobres a lidar com o impacto do aquecimento global.

"Copenhague será um fracasso se não mobilizarmos o financiamento necessário", enfatizou.

O funcionário norte-americano não disse na segunda-feira se a proposta apresentará um intervalo ou um número exato para a redução das emissões do país.

Os Estados Unidos são o maior emissor per capita de gases-estufa do mundo.

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