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Polícia usa gás e bombas de efeito moral para dispersar manifestação em Paris

29 nov 2015 - 12h50
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Agentes da polícia francesa dispersaram neste domingo com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral um protesto na praça da República, no centro de Paris, vinculado com a Cúpula do Clima (COP21) que começa amanhã e que não tinha sido autorizado.

Segundo constatou a Agência Efe no local, a polícia tomou o controle total da praça com um grande desdobramento de forças antidistúrbios prontos para atuar, que minutos antes tinham enfrentado centenas de manifestantes.

Os jovens, alguns deles mascarados, tinham jogado pedras contra os policiais em protesto pelo cancelamento da grande manifestação que deveria ter sido realizada hoje e que foi cancelada por motivos de segurança após os atentados do último dia 13 de novembro.

Apesar da manifestação não ter sido autorizada, se permitiu que, apenas duas horas antes, se formasse uma corrente humana que se estendeu pacificamente ao longo de várias avenidas e bulevares do leste da cidade, desde a praça da República até a praça da Nação, um percurso de três quilômetros.

Um dos manifestantes, Nicolas, de 31 anos, disse à Efe que, depois que a corrente humana se desfez, as pessoas começaram a concentrar-se na praça da República, e nesse momento a polícia tentou bloquear os acessos.

"Havia muita tensão de ambas partes, mas é difícil saber quem começou. Algum manifestante lançou garrafas e em seguida começaram os disparos de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral", relatou.

Segundo este jovem, "havia mais policiais que manifestantes" no interior da praça quando começaram os distúrbios, que parecem ter acabado.

Agora, segundo comprovou a Efe, os acessos ao local estão bloqueados pelas unidades antidistúrbios, embora algumas pessoas permaneçam no interior da praça caminhando com normalidade.

A proibição das grandes manifestações previstas para hoje e para o dia 12 de dezembro - após o final da COP21 - levantou críticas na França em diferentes setores, que consideram que obedece mais a razões políticas que a motivos de segurança.

EFE   
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