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Superbactérias podem matar 10 mi de pessoas por ano até 2050

Além das perdas humanas, o combate aos supermicróbios poderia custar mais de US$ 100 trilhões (ou seja, quase R$ 300 tri)

15 dez 2014 - 14h01
(atualizado às 16h50)
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Bactérias resistentes podem ser um grande (e caro) problema para a humanidade nas próximas décadas
Bactérias resistentes podem ser um grande (e caro) problema para a humanidade nas próximas décadas
Foto: IFL Science / Reprodução

O perigo de bactérias resistentes a drogas já é algo temido há algum tempo, porém, um recente relatório britânico revela que o problema dos chamados “supermicróbios” (resistentes a vários tipos de antibióticos) podem ser maiores do que o imaginado: matando até 10 milhões de pessoas por ano até 2050, ultrapassando o câncer. As informações são do IFL Science.

Além das perdas humanas, o combate aos supermicróbios poderia custar mais de US$ 100 trilhões (ou seja, quase R$ 300 tri).

É por estas razões que primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu uma revisão abrangente sobre o assunto, conduzida por pesquisadores da empresa de serviços profissionais KPMG e organização de pesquisa RAND. Eles foram convidados a modelar o futuro impacto da AMR (resistência antimicróbica) com base em cenários para o aumento da resistência aos medicamentos e ao crescimento econômico. As equipes estimou como a resistência poderia afetar a força de trabalho por doença e morte, e como isso afetaria a economia global. E os resultados não são nada positivos.

Na ausência de ação, em 2050, 10 milhões de pessoas morrerão a cada ano de infecções causadas por micróbios resistentes. A redução da população e os custos da doença também diminuiria a produção econômica global, entre 2% e 3%, acumulando contas em trilhões de dólares.

Os pesquisadores estão estendendo o trabalho para investigar como o problema pode ser enfrentado. Isso inclui examinar como o uso de drogas pode ser alterado para evitar o aumento de resistência e também como poderia ser aumentado o desenvolvimento de novas drogas.

Ao longo da última década e meia, as empresas farmacêuticas tornaram-se desinteressado em pesquisar antibióticos devido a normas rígidas e retornos financeiros pouco lucrativos, mas, aos poucos, isso está começando a mudar.

Os pesquisadores concluíram que a solução do problema seria significativamente mais barato do que ignorá-lo e estão otimistas de que com um esforço concertado global, poderiam ser tomadas as medidas certas para enfrentar o problema.

Fonte: Terra
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