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População de pinguins da Antártida é o dobro do estimado

13 abr 2012 - 19h34
(atualizado às 20h18)
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A população de pinguins imperador que habita na Antártida é o dobro do estimado anteriormente, segundo um estudo elaborado por cientistas britânicos com tecnologia de imagens por satélite. Os especialistas da Pesquisa Antártica Britânica (BAS, em sua sigla em inglês) utilizaram imagens de alta resolução para calcular o número de colônias de pinguins no litoral da Antártida, assim como o de exemplares.

Segundo a apuração, a população atual de pinguins imperador subiu para 595 mil, quase o dobro dobra das estimativas anteriores, que previam entre 270 mil e 350 mil animais, informou a última edição da revista científica americana Public Library of Science One (PLoS One). A maior e mais pesada espécie de todos os pinguins se agrupa em grandes colônias na Antártida, visíveis para o satélite graças a sua plumagem branca e negra, que se destaca sobre o gelo. A estimativa atual é que haja 44 povoações, sete a mais que as conhecidas antes.

Segundo o autor principal do estudo, Peter Fretwell, este é o primeiro censo da espécie realizado. A co-autora, Michelle LaRue, da Universidade de Minnesota (EUA), destacou que "os métodos empregados são um grande passo para a ecologia da Antártida, pois são seguros, eficientes e têm pouco impacto meio ambiental".

Embora os pinguins imperador não sejam uma espécie ameaçada, as pesquisas atuais indicam que os animais serão gravemente afetados pela mudança climática. Os cientistas temem que a alta das temperaturas registradas em algumas regiões da Antártida no início da primavera, cause perda de gelo marinho e prejudique sobretudo os pinguins que vivem nas zonas mais ao norte.

O estudo pode ser repetido com regularidade e possibilita conhecer com maior exatidão os perigos sobre a espécie, segundo outro co-autor do estudo, o biólogo da BAS, Phil Trathan. "As pesquisas mais recentes nos fazem temer uma grande queda no número de pinguins imperador durante o próximo século. No entanto, os efeitos do aquecimento na Antártida são regionais e irregulares. No futuro, prevemos que as colônias mais ao sul se manterão", explicou Trathan.

EFE   
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