Pesquisa liga autismo à poluição atmosférica gerada por veículos
James Gallagher
27 nov2012 - 09h08
(atualizado às 10h34)
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Uma pesquisa realizada na Califórnia, Estados Unidos, sugere que o autismo está ligado à poluição gerada por veículos. O estudo envolveu mais de 500 crianças e as descobertas foram apresentadas na revista especializada Archives of General Psychiatry.
Os pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia usaram dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos para calcular os níveis de poluição registrados nos endereços escolhidos para participar da pesquisa.
Os dados foram usados para comparar a exposição à poluição no útero e durante o primeiro ano de vida. Foram analisadas 279 crianças com autismo e 245 crianças sem o problema. De acordo com os cientistas, as crianças que viviam nas casas expostas a uma quantidade maior de poluição "tinham três vezes mais chances de ter autismo, comparadas às crianças que moravam em casas com níveis mais baixos de exposição" à poluição.
Os pesquisadores da Califórnia alertam que esta constatação pode ter implicações mais amplas, pois a poluição do ar é "comum e pode ter efeitos neurológicos duradouros".
Outras variantes Outros pesquisadores questionaram como a poluição pode alterar o desenvolvimento do cérebro de uma criança e levar ao autismo. "Me parece muito improvável que a associação (entre poluição do ar e autismo) seja causal", afirmou Uta Frith, professora de desenvolvimento cognitivo do University College de Londres.
Para a professora, o estudo californiano não "nos fez avançar em nada, pois não apresenta um mecanismo convincente pelo qual os poluentes podem afetar o desenvolvimento do cérebro para resultar em autismo". Um dos problemas com estudos deste tipo é que é difícil analisar todos os aspectos da vida de uma pessoa que podem afetar a probabilidade de desenvolver autismo, como o histórico familiar, por exemplo.
Isto significa que o estudo não pode afirmar que o autismo é causado por poluição gerada por veículos, apenas que pode haver uma ligação entre as duas coisas. Mas, para Sophia Xiang Sun, do centro de pesquisas em autismo da Universidade de Cambridge, diminuir a poluição seria uma boa ideia.
"Sabemos que a poluição do ar relacionada ao trânsito de veículos pode contribuir com muitas outras doenças e é biologicamente plausível que também tenha um papel no desenvolvimento do autismo", afirmou. "No entanto, existindo ou não uma associação potencial entre autismo e poluição do ar, a redução desta poluição relacionada ao trânsito seria boa para a saúde pública", acrescentou.
Charlotte Ponce tem a face marcada pelos cirurgiões antes de primeira operação nos Estados Unidos. A menina de 10 anos que foi desfigurada pelo ataque de um guaxinim quando tinha apenas 3 meses de vida passou por uma cirurgia para reconstruir sua face no hospital Beaumont, em Royal Oak
Foto: AP
A cirurgia começou às 8h. Os médicos reconstruíram a linha interna do nariz. Ela saiu da sala de operação às 17h. Devem ser feitos mais quatro ou cinco procedimentos no próximo ano - podendo chegar a dois anos
Foto: AP
O cirurgião Kongkrit Chaiyasate afirma que transplantou tecido do antebraço da menina para o nariz. Em cerca de seis semanas, ele vai usar tecido da testa para fazer a parte externa do nariz. "Ela vai parecer como qualquer outra criança (...) esse é o objetivo", diz Chaiyasate, que é diretor de cirurgia reconstrutiva do hospital
Foto: AP
Os pais da menina perderam a guarda dela após o ataque e parentes a adotaram. O guaxinim era tratado como um animal de estimação pelos pais biológicos e conseguiu sair de sua gaiola e subir no berço da menina Leia mais
Foto: AP
Annita e Adam Tansey com o filho Albert após cirurgia no Reino Unido. Os médicos consideram que o menino é a primeira criança a passar por uma operação que consiste em aspirar um coágulo que obstruía uma artéria no coração. O procedimento é comum em adultos, mas considerado de risco
Foto: The Grosby Group
O pequeno nasceu com a síndrome do coração esquerdo hipoplásico - quando o lado esquerdo do órgão não se forma completamente. Com uma semana de vida, ele já passou pela primeira cirurgia. A segunda veio aos nove meses de idade e os médicos estavam satisfeitos com sua recuperação. Contudo, há um mês, o menino sofreu dores no peito e, no hospital, descobriram que ele teve uma parada cardíaca
Foto: The Grosby Group
O médico Albert Alahmar, que fez a operação, afirma que ele á chamada de "intervenção coronária percutânea" e tem alto risco, já que uma falha em aspirar o coágulo geralmente leva a óbito. O coágulo (na imagem) foi tirado com sucesso e, 11 dias depois, o menino já estava em casa. Leia mais
Foto: The Grosby Group
Um bebê nascido com as artérias do coração invertidas surpreendeu médicos ao fazer uma recuperação. Jayden Brooks, sete meses de idade, foi diagnosticado com a condição, que faz com que o sangue seja bombeado pelo seu corpo na direção errada - gradualmente causando falta de oxigênio nos órgãos -, logo após seu nascimento
Foto: Grosby Group
O bebê surpreendeu médicos ao fazer uma recuperação milagrosa
Foto: Grosby Group
Jayden foi diagnosticado com a condição horas após o nascimento
Foto: Grosby Group
Com apenas 12 horas de vida ele foi diagnosticado com o defeito cardíaco conhecido como transposição das grandes artérias e um buraco no coração
Foto: Grosby Group
Jayden já está em casa, com seus pais e o irmão Joshua
Foto: Grosby Group
Howie Choset constrói robôs - cobras robôs, principalmente - na Universidade Carnegie Mellon, nos EUA. Cientistas e médicos vêm usando as snakebots para operar corações, tratar câncer de próstata e outras doenças
Foto: Keith Srakocic / AP
Os snakebots carregam pequenas câmeras, tesouras e fórceps. Choset acredita que seu robô vai ajudar a reduzir os custos das cirurgias, tornando-as mais rápidas e fáceis
Foto: Keith Srakocic / AP
Especialistas acreditam que um dia os robôs poderão testar elementos químicos no sangue, ou mesmo as conexões elétricas dos nervos
Foto: Keith Srakocic / AP
O tamanho dos robôs cirúrgicos permite que o médico opere com menos danos para o corpo do paciente. Por exemplo, em vez de abrir o peito todo em uma cirurgia cardíaca, faz-se uma pequena incisão, e o robô rasteja para o local desejado
Foto: Keith Srakocic / AP
Dong Kim, chefe de neurocirurgia e diretor do Instituto de Neurociência Mischer no Memorial Hermann - Texas Medical Center-, realizou a ressecção do tumor cerebral durante uma Twittercast ao vivo com fins educativos. Veja a seguir alguns dos momentos
Foto: Twitter / Divulgação
"Cirurgião marca incisão parcial em 'forma de U' para preservar fluxo de sangue no escalpo"
Foto: Divulgação
"Dr. Kim começa a incisão"
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"O retalho ósseo é então entregue à enfermeira cirúrgica para mantê-lo estérilizado durante a cirurgia"
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"A dura (dura-máter, uma das meninges que protegem o cérebro) é aperta, este é o primeiro vislumbre do cérebro
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"Dr. Kim está tocando o cérebro com a sonda de navegação". Na imagem podem ser vistas, acima e abaixo da sonda, duas veias do órgão
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O cirurgião chega ao tumor pouco antes de retirá-lo
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Depois o hospital já mostra a cirurgia encerrada. A instituição teve um problema técnico na transmissão
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Uma menina de 3 anos que teve cerca de 80% do corpo queimado após um acidente durante um churrasco teve a própria pele clonada e implantada na África do Sul. Leia mais