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Medicamento contra o câncer previne acumulação tóxica no cérebro

10 mai 2013 - 08h13
(atualizado às 08h32)
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Pesquisadores utilizaram pequenas doses de um medicamento contra a leucemia para interromper a acumulação de proteínas tóxicas ligadas ao mal de Parkinson no cérebro de ratos de laboratório. A descoberta pode fornecer as bases para o planejamento de estudos clínicos sobre os efeitos em humanos. Os cientistas, da Georgetown University Medical Center, afirmam que o estudo oferece uma estratégia inovadora para o tratamento de doenças neurodegenerativas que apresentam acúmulo anormal de proteínas em doenças como a de Parkinson, Alzheimer e Huntington, além da esclerose lateral amiotrófica (ELA), demência frontotemporal e demência de corpos de Lewy, entre outras.

"Esse medicamento, em doses muito pequenas, ative a 'máquina trituradora de lixo' dentro dos neurônios para limpar as proteínas tóxicas das células. Ao limpar as proteínas intracelulares, essa droga previne sua acumulação em inclusões patológicas conhecidas como corpos de Lewy e também previne a secreção de amiloides no espaço extracelular entre neurônios, assim as proteínas não formam aglomerados tóxicos ou placas no cérebro", afirma o principal pesquisador do estudo, o neurocientista Charbel E-H Moussa.

Quando a droga, nilotinib, é usada para tratar a leucemia mieloide crônica (LMC), força as células cancerígenas à autofagia - um processo biológico que leva à morte de células tumorais. Moussa, que há anos tenta encontrar uma maneira de forçar os neurônios a "limpar sua sujeira", teve a ideia de usar medicamentos contra o câncer que produzem autofagia no tumores para tratar cérebros doentes. "Ninguém tentou algo assim antes", garantiu o pesquisador.

Fonte: Terra
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