PUBLICIDADE

Magma pode indicar quando erupção de supervulcão ocorrerá

1 fev 2012 - 17h38
(atualizado às 17h52)
Compartilhar

As erupções de supervulcões adormecidos há centenas de anos poderiam ser previstas com a análise das mudanças na composição do magma, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista britânica Nature. A investigação analisou os processos que ocorrem no magma das caldeiras vulcânicas e o tempo em que eles ocorrem, o que dá mais informações sobre o que se sucede antes de uma erupção.

De vulcão a asteroide: veja momentos em que a vida quase acabou

Os supervulcões são capazes de expulsar milhares de quilômetros cúbicos de magma em poucos dias, mas sua forma não é associada a uma montanha, como os vulcões normais, e geralmente se encontram em locais planos. A equipe, liderada pelo geólogo Timothy Druittm, da universidade francesa Blaise Pascal, e por Jon Blundy, da universidade britânica de Bristol, estudou os cristais incrustados em rochas vulcânicas da ilha grega de Santorini.

Este material faz parte da lava derramada numa grande erupção ocorrida em torno de 1.600 a.C., que contribuiu para configurar o arquipélago e que aconteceu 18 mil anos depois do episódio anterior. Os geólogos descobriram que nos 100 anos anteriores a uma erupção a reserva de magma dentro do vulcão aumentou e ocorreram mudanças em sua composição.

O prazo de tempo entre erupções deste tipo costuma ser de milhares de anos, mas é difícil calcular esse período pois ainda não foram realizadas pesquisas suficientes sobre o fenômeno. No entanto, esta nova investigação abriu caminho para a previsão de uma erupção de um supervulcão. Os cientistas consideram que as remodelações no magma ocorrem aproximadamente 100 anos antes de ocorrer uma erupção.

Por isso, a observação a longo prazo das mudanças no magma permitiria prever erupções devastadoras em supervulcões adormecidos há muito tempo, mais ainda parcialmente ativos, como em Long Valley e Yellowstone, nos Estados Unidos, e em Campi Flegrei, na Itália.

Um estudo das universidades de Oxford e Durham indica como vulcões submarinos, como o da imagem, são "engolidos" por falhas tectônicas
Um estudo das universidades de Oxford e Durham indica como vulcões submarinos, como o da imagem, são "engolidos" por falhas tectônicas
Foto: BBC Brasil
EFE   
Compartilhar
Publicidade