Jovens que preferem música a livros são mais propensos à depressão
Jovens que preferem música a livros são mais propensos à depressão
4 abr2011 - 19h55
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Uma nova pesquisa publicada na edição de abril da revista Arquivos de Medicina Pediátrica e Adolescente aponta que jovens que passam a maior parte do tempo ouvindo música são mais propensos a desenvolver o transtorno depressivo do que aqueles que aproveitam o tempo livre para ler livros. As informações são do site Science Daily.
O estudo envolveu 106 adolescentes, 46 dos quais com transtorno depressivo. Os pesquisadores acompanharam os participantes durante dois meses e pediram para relatarem se estivessem usando um dos seis tipos de mídia: jogos de videogame, filmes, música, internet, revistas ou jornais e livros.
Os especialistas observaram que os jovens que escutaram música mais frequentemente tiveram 8,3 vezes mais probabilidade de ficar deprimidos. No entanto, aqueles que tiveram maior contato com a leitura apresentam até dez vezes menos chance de desenvolver o quadro depressivo. A relação dos outros meios não foi significativamente associada à doença.
"Ainda não está claro se as pessoas deprimidas começam a ouvir mais música para 'escapar', ou se ouvir muita música pode levar à depressão, ou ambos. De qualquer maneira, estes resultados podem ajudar os médicos e os pais a reconhecer a relação com a doença", disse Brian Primack, professor assistente de pediatria da Faculdade de Medicina de Pitsburgo, que conduziu o estudo.
"Também é importante que a leitura foi associada com uma menor probabilidade de depressão. Isso vale ressaltar, pois em geral nos Estados Unidos, a leitura de livros está diminuindo, enquanto quase todas as outras formas estão aumentando".
O transtorno depressivo é a principal causa de incapacidade no mundo e seu desenvolvimento é comum na adolescência. Segundo o Instituto de Saúde Mental dos Estados Unidos, a doença atinge um em cada 12 adolescentes.
As gêmeas Amber Mae e Lily Rose Locker nasceram em outubro de 2007, mas causaram um susto aos pais e aos médicos poucos meses após o nascimento
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais descobriram que as gêmeas sofriam de fibrose cística
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os médicos que tratam de Amber Mae e Lily Rose Locker afirmaram à família que a chance de gêmeas não idênticas sofrerem de fibrose cística é de uma em 1 milhão
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Além das gêmeas, os pais Vanessa, 26 anos, e Gary, 35 anos, tem outros três filhos: a menina Tayla, 11 anos, e os meninos Charlie, 10 anos, e Vinnie, 4 anos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Poucas semanas após o nascimento, os pais já notavam que havia algo estranho com Amber Mae e Lily Rose. "Eu já havia tido três crianças e eu soube imediatamente que havia algo errado com as meninas depois de trazê-las para casa. Nenhuma das duas comia facilmente e, quando o faziam, saía muito muco dos pulmões", diz Vanessa
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais levaram as gêmeas a um hospital, mas os médicos as mandaram de volta para casa. No dia seguinte, Amber parou de respirar e o casal a levou correndo para a emergência. Os médicos se esforçaram por cinco horas para tentar fazer a menina melhorar, mas já achavam o caso perdido - até um padre foi chamado
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais, em uma última tentativa, a transferiram Amber para o hospital da Universidade de Cambridge, apesar de o bebê poder morrer na ambulância
Foto: Barcroft Media / Getty Images
No dia seguinte, quando Amber já estava em Cambridge, a irmã também parou de respirar e foi levada às pressas para o hospital. Os médicos conseguiram estabilizar o quadro das duas, que estavam com pneumonia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Hoje com três anos, elas tomam remédios diariamente administrados pelo pai, Gary, e a mãe, Vanessa, incluindo antibióticos para parar infecções desenvolvidas nos pulmões. Além disso, elas fazem fisioterapia três vezes por semana para limpar o muco dos pulmões
Foto: Barcroft Media / Getty Images
"Elas vão à pré-escola que elas amam, apesar de às vezes não sentirem bem o suficiente e não poderem ir. (...) É provável que elas precisem de um transplante em algum momento, mas nós estamos vivendo cada dia de uma vez", diz a mãe de Amber e Lily