PUBLICIDADE

Instituto: metade das pessoas não sentem sintomas do infarto

Instituto: metade das pessoas não sentem sintomas do infarto

8 fev 2010 - 08h50
Compartilhar

Metade das pessoas que sofrem infarto não sentem sintomas que possam servir como alerta, segundo o Instituto Nacional do Coração (INC). Pessoas com histórico familiar da doença são mais propensas ao problema e devem ir ao cardiologista pelo menos uma vez por ano a partir dos 35 anos.

"A primeira coisa a ser levada em consideração é a avaliação do histórico familiar do paciente, com investigação de casos de morte súbita em pessoas jovens ou em crianças e doenças cardiovasculares, como hipertensão, doença das artérias coronárias e do músculo cardíaco", alerta o cardiologista especialista em morte súbita, Fernando Cruz, do INC.

Hipertensos e diabéticos correm maior risco de sofrerem infarto silencioso porque as duas doenças podem levar anos sem sintomas. O mecânico de manutenção Pedro Viana, 52 anos, que tem pressão alta, é um caso. "Eu estava no trabalho e senti um desconforto, uma azia. Não imaginei que estivesse enfartando. Só soube porque o médico do meu trabalho me examinou. Antes disso, cheguei a ter dores de cabeça, mas nem pensei no coração".

De acordo com o médico, além dos casos assintomáticos, há aqueles em que o paciente não faz a relação entre a dor e a possibilidade de um problema cardíaco. "A dor do infarto depende da região do coração afetada. Tem paciente que sente náuseas e enjoos e acha que comeu algo ruim, quando na verdade sofreu infarto na parede inferior do coração", explica Cruz. "Outros têm dor de cabeça por vários dias, dor nas costas e até mesmo diarreia", revela.

Alguns tipos de dor devem acender o sinal vermelho. "Pessoas que sentem dor no peito desencadeada por esforço físico, emoção,frio e alimentação devem buscar atendimento médico. Pode ser angina pré-infarto. Mesmo se a dor for leve, o paciente não deve esperar. O ideal é que busque consulta", alerta Ivan Cordovil, chefe do serviço de hipertensão do INC.

Pais devem ficar atentos às crianças

As crianças também devem ser muito bem observadas, principalmente se já apresentarem histórico familiar de doenças cardíacas. "A criança muitas vezes não se queixa dos sintomas. Pais e professores devem ficar atentos àquela criança que, no meio de uma corrida, para e fica quieta enquanto os outros brincam. Ela pode estar com um sintoma cardíaco", alerta Fernando Cruz.

Segundo ele, as crianças devem ser avaliadas por um pediatra ao menos duas vezes por ano. Aquelas que praticam esporte precisam passar por avaliação médica frequente.

Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade