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Estudo indica que hábitos alimentares são "programados" na vida fetal

30 jul 2013 - 09h37
(atualizado às 09h48)
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Imagem em 3D mostra bebê no útero da mãe
Imagem em 3D mostra bebê no útero da mãe
Foto: Getty Images

Um estudo apresentado nesta terça-feira nos Estados Unidos indica que o comportamento alimentar começa a ser definido ainda no útero. A pesquisa usou ratos e descobriu que animais que eram subnutridos durante a gestação (restrição de crescimento intrauterino, IUGR, na sigla em inglês) davam uma resposta mais intensa ao receberem açúcar no primeiro dia de vida.

Segundo os cientistas, recém-nascidos de diferentes espécies reagem ao gosto doce com expressões de prazer, como se lamber ou chupar o dedo. Essas expressões "hedônicas" são relativas à atividade cerebral em regiões que respondem ao prazer e à recompensa. 

No estudo, os filhotes com IUGR recebiam uma gota de sacarose (açúcar) ou água - o mesmo ocorria para um grupo de controle, com gestação normal. Aqueles com desnutrição no útero apresentavam uma resposta "hedônica" mais intensa ao açúcar do que o grupo de controle.

Conforme os pesquisadores, estudos anteriores indicam que, em humanos, essa restrição durante a gestação altera as preferências alimentares em diferentes idades adultas, levando os indivíduos a consumir mais açúcar e comidas ricas em gordura, e menos frutas e vegetais. Filhotes prematuros apresentam o mesmo tipo de comportamento que aqueles com IUGR.

"Essa aproximação translacional nos permite estudar diferentes sistemas que pode afetar a preferência por comida em indivíduos com IUGR, o que irá apontar para alvos para intervenção planejada", diz Roberta Dalle Molle, líder do estudo.

Mais de 20 mil crianças nascem anualmente com baixo peso em todo o mundo, parte das quais se tornará de adultos com problemas crônicos como doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, aterosclerose. 

Fonte: Terra
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