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Estudo: imunes à Aids têm "células assassinas" mais fortes

21 mai 2010 - 16h57
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Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) indica que pessoas que, mesmo portando o vírus HIV, não desenvolvem a Aids produzem células assassinas T mais potentes e em maior quantidade. Essas células são glóbulos brancos que ajudam a defender o corpo de invasores.

Kathleen Bogart estuda a própria doença para entender como as pessoas percebem os sentimentos nas expressões faciais
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Foto: The New York Times

Um dos fatos que sempre intrigou os cientistas foi que muitas pessoas infectadas pelo HIV demoram a desenvolver a Aids, sendo que algumas nem chegam a desenvolver a doença. Já se sabia que essas pessoas imunes tinham o gene HLA B57, mas os pesquisadores descobriram agora que esse gene produz uma proteína que aumenta o número das células assassinas e as deixa mais fortes.

Esses "superglóbulos brancos" tem maior facilidade para identificar as células que manifestam as proteínas do vírus, inclusive versões mutantes que se desenvolvem durante a infecção, além de proteger melhor o corpo contra outras doenças.

Mas essas células assassinas mais fortes também têm o seu lado perigoso: elas aumentam a chance de doenças autoimunes, quando os glóbulos brancos atacam as células do próprio corpo.

De acordo com Harvard, as descobertas podem ajudar os pesquisadores a desenvolverem uma vacina que provoque a mesma resposta contra o HIV, como ocorre nos indivíduos que têm o gene HLA B57.

As células assassinas T

Ainda segundo a universidade americana, essas células são glóbulos brancos que identificam proteínas "estrangeiras" presas à superfície de células infectadas por vírus e bactérias. Após a identificação, o glóbulo assassino é ativado e se reproduz, criando um "exército" que vai caçar o invasor.

Fonte: Redação Terra
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