Especialistas estudam recomendação a pílula para prevenir aids
10 mai2012 - 16h19
(atualizado às 17h41)
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Consultores sanitários dos Estados Unidos devem decidir nesta quinta-feira se recomendam a adoção da droga Truvada como a primeira pílula preventiva contra a aids no lugar do tratamento para os infectados. Resultados de estudos de referência publicados em 2010 demonstraram que a droga, fabricada pela Gilead Sciences, com sede na Califórnia, ajudou a repelir o HIV em homens homossexuais que adotam comportamentos de risco de 44% para quase 73%.
Mas críticos observam que a pílula é cara - custa até US$ 14 mil ao ano - e outros alertam que o teste clínico não representa as circunstâncias do mundo real e poderia provocar um aumento na prática de sexo sem proteção e em uma retomada nos casos de aids.
Espera-se que o Comitê de Aconselhamento de Drogas Antirretrovirais divulgue sua decisão ainda esta quinta-feira. A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos, não seguiu o parecer, embora costume fazê-lo.
O Truvada atualmente está disponível como tratamento para soropositivos em combinação com outras drogas antirretrovirais e a FDA o aprovou em 2004. A fabricante de medicamentos Gilead Sciences Inc., da Califórnia, apresentou uma solicitação para poder comercializá-lo com objetivos de prevenção.
Os dados usados provêm principalmente do Estudo de Prevenção do HIV iPrEx, pesquisa realizada entre julho de 2007 e dezembro de 2009 em seis países: Brasil, Equador, Peru, África do Sul, Tailândia e Estados Unidos.
O estudo foi realizado com 2.499 homens homossexuais, inclusive 29 transsexuais, com idades entre 18 e 67 anos, sexualmente ativos, mas não infectados com o vírus causador da aids. Os participantes foram selecionados ao acaso para tomar uma dose diária de Truvada - combinação de 200 mg de emtricitabina e 300 mg de tenofovir disoproxil fumaratoo - ou um placebo.
Aqueles que tomaram o novo medicamento com regularidade tiveram uma incidência quase 73% menor de infecções. Em todo o estudo, incluindo aqueles que não fizeram um uso tão seguido do Truvada, houve 44% menos infecções do que entre aqueles que tomaram o placebo.
O método de ingestão do medicamento antes da potencial exposição ao HIV é denominado profilaxia pré-exposição (PrEP). Depois da publicação do estudo no periódico New England Journal of Medicine, alguns especialistas saudaram os resultados, denominando-os de uma virada de mesa e a primeira demonstração de que um medicamento oral já aprovado poderia reduzir a probabilidade de infecções por HIV.
No entanto, outros alertaram para os riscos de se depender nas pessoas - particularmente naquelas que já tiveram comportamentos de risco - em ingerir uma pílula diária. "Poderia haver um aumento do risco para os homens que, acreditando falsamente estar 100% protegidos, parassem de usar preservativos. Uma redução no uso do preservativo significaria um risco maior de transmissão e disseminação de um vírus resistente a medicamentos", alertou em um comunicado a Aids Healthcare Foundation.
"Os 44% que se beneficiaram do Truvada no estudo iPrex foram aconselhados mensalmente e fizeram exames frequentes para detectar infecções sexuais, algo que não é verossímil no mundo real", acrescentou. Os homens homossexuais representam mais da metade dos 56 mil novos casos de HIV nos Estados Unidos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças do país.
Uma análise do custo e benefício, realizada no mês passado por especialistas da Universidade de Standford, sugeriu que o medicamento seria financeiramente viável entre homens gays com cinco parceiros ou mais ao ano, mas seria proibitivamente caro se promovido para todos os homossexuais masculinos.
Ethan Henderson, no Reino Unido, usou uma proteção de gesso aos três anos por ter um desvio de 42° na coluna. A proteção lhe rendeu o apelido de "tartaruga humana". Leia notícia relacionada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A criança se recuperou de uma cirurgia para corrigir um desvio de 42° na coluna vertebral. Ele teve que usar durante três meses a proteção
Foto: Barcroft Media / Getty Images
O desvio poderia deixar o menino paralisado. Contudo, se o procedimento não desse certo, Ethan poderia igualmente perder o movimento das pernas
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A operação durou oito horas e a criança recebeu varetas e pinos para corrigir a espinha
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Após três meses na proteção de gesso, agora Ethan pode ficar em pé e correr como uma criança normal
Foto: Barcroft Media / Getty Images
James Aspland, da Inglaterra, é cego de nascença e está aprendendo a se movimentar com técnica usada por morcego e golfinhos, que consiste em estalar a língua e escutar como o ruído reverbera em superfícies próximas. Leia notícia relacionada
Foto: BBC Brasil
O bebê Alfie, da Inglaterra, nasceu com malformação da Veia de Galeno. Médicos tiveram que deslizar um cateter da largura de um fio de cabelo através do seu cérebo e usaram uma espécie de super cola para selá-lo ao longo da artéria. Leia notícia relacionada
Foto: O Dia
Oscar sofria de uma deformidade grave no rosto causada por um acidente, que tornava difícil respirar, engolir e falar.
Foto: AFP
O espanhol Oscar foi o primeiro paciente no mundo a receber um rosto completo em trasplante, em julho de 2010. Leia notícia relacionada
Foto: AFP
Morgan LaRue, de 9 anos, foi a primeira a receber uma prótese que "cresce", evitando novas cirurgias, nos EUA. Leia notícia relacionada
Foto: Texas Children''''s Hospital / BBC Brasil
Christopher Sands passou três anos soluçando constantemente até retirar 60% de um tumor no cérebro em cirurgia no Japão. Leia notícia relacionada
Foto: BBC Brasil
A francesa Isabelle Dinoire de 38 anos foi submetida ao primeiro transplante parcial de rosto. Leia notícia relacionada
Foto: AP
Especialistas de dois hospitais fizeram a operação no final de novembro de 2005, na cidade de Amiens, norte da França.
Foto: AP
A paciente superou dois episódios de rejeição ao tecido e duas insuficiências renais.
Foto: AP
Isabelle Dinoire recebeu um novo nariz, lábios e queixo
Foto: AP
Isabelle teve a face desfigurada por um cachorro enquanto dormia.
Foto: AP
O menino iraquiano sofre de Malformação Aneurismática da Veia de Galeno. Leia notícia relacionada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A doença dificulta a circulação de sangue no cérebro de Sirwaan
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A doença causava a saída de sangue do órgão pelo olho esquerdo do menino iraquiano e inchava a região
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A equipe com uma dúzia de médicos demorou cinco horas para realizar a cirurgia no menino iraquiano, que foi considerada um sucesso
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Segundo o doutor Shakir Hussain, neurologista do hospital, o menino iraquiano passou por diversos exames e os especialistas decidiram fazer uma operação inovadora "ao fazer desvios ou passagens alternativas para o sangue"
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Para salvar a vida do filho, o pai levou Sirwaan até Nova Delhi, na Índia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Finley sofria de uma rara condição genética chamada Síndrome de Apert, que deixa o crânio em um formato cônico parecido a um chifre. Médicos separaram o crânio do garoto em diversos pedaços pequenos e os grudaram de volta em outro formato. Leia notícia relacionada
Foto: Kitty Gale/Landmark Films / BBC Brasil
Milagros Cerrón Arauco nasceu com a deformação chamada "síndrome de sereia". Leia notícia relacionada
Foto: AFP
Ela passou por uma operação para separar as pernas da virilha até o calcanhar.
Foto: AFP
Bebê nasceu com a síndrome da sereia
Foto: AP
A estudante russa Darya Egorova, 6 anos, passou por uma cirurgia pioneira contra um câncer de osso, em Londres. Leia notícia relacionada
Foto: Harley Street Clinic / BBC Brasil
Os médicos britânicos trataram em apenas três horas o câncer localizado na perna da menina
Foto: Harley Street Clinic / BBC Brasil
Cirurgiões retiraram parte do osso da canela e o reimplantaram após tratamento com radioterapia em clínica londrina
Foto: Harley Street Clinic / BBC Brasil
A novidade da operação é que o osso afetado não teve de ser enviado a um hospital enquanto o paciente aguardava na mesa de cirurgia. Tudo foi feito na clínica
Foto: Harley Street Clinic / BBC Brasil
A adolescente britânica de 14 anos da Inglaterra, que tem alergia a nozes teve de ser hospitalizada após beijar seu namorado, que tinha comido cereais que continham avelãs. Ela recebeu uma injeção de adrenalina e se recuperou totalmente. Leia notícia relacionada
Foto: BBC Brasil
Sharon Phillips antes (dir.) e depois (esq.) de uma dieta que, segundo ela, permitiu descobrir três tumores fatais. Leia notícia relacionada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Segundo os médicos que trataram a mulher, ela descobriu o câncer no momento exato para que pudessem salvá-la
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Sharon em imagem feita enquanto estava em tratamento. A mulher se livrou dos três tumores
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Após descobrir os tumores, ela iniciou o tratamento imediatamente.
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A canadense Aleisha Hunter foi curada de câncer de mama quando tinha 3 anos. Leia notícia relacionada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A mãe de Aleisha, Melanie, foi quem descobriu o caroço no peito da criança, quando a secava depois de um banho
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Aleisha Hunter, de Toronto, no Canadá, foi diagnosticada em dezembro de 2008, quando tinha 2 anos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A criança canadense foi curada quando tinha 3 anos e não apresenta mais sinais da doença
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Aleisha foi a pessoa mais jovem a ter a doença diagnosticada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Jordan Harden viveu 2 anos com câncer até que os médicos desistiram dos tratamentos e lhe deram semanas de vida. Entretanto, o câncer desapareceu sozinho. Casos de regressão espontânea são raríssimos na medicina. Leia notícia relacionada
Foto: Scope Features / BBC Brasil
Mason Lewis se tornou a menor pessoa da Grã-Bretanha a receber um transplante de pulmão aos 4 anos. Ele media apenas 93 cm de altura. Leia notícia relacionada
Foto: BBC Brasil
O bebê britânico Freddie Allen nasceu saudável após contrair uma doença e passar por uma transfusão de sangue ainda dentro do útero. Leia notícia relacionada
Foto: Caters / BBC Brasil
Joshua Baker sofreu uma parada cardíaca aos 5 anos e seu coração não bateu por 40 minutos, mas um médico conseguiu reanima-lo com uma massagem cardíaca. Leia notícia relacionada
Foto: Caters / BBC Brasil
Giles é portador da síndrome Goldenhar, que fez com que ele nascesse com um pequeno lóbulo no lugar de sua orelha direita. Uma cirurgia plástica, na Inglaterra, corrigiu a deformação. Leia notícia relacionada
Foto: Agência Ross Parry / BBC Brasil
Rafael, a segunda pessoa a receber um transplante facial na Espanha, conversa com repórteres em Sevilha, após alta médica em maio de 2010. Leia notícia relacionada
Foto: EFE
Rafael já tem sensibilidade à dor e diferencia o calor e o frio
Foto: EFE
Rafael recebe o carinho da enfermeira que o acompanhou nas 14 semanas de internação
Foto: EFE
Dallas Wiens antes (esq.) e após o transplante completo de rosto realizado em Boston em maio de 2011. Leia notícia relacionada
Foto: Reuters
O agricultor, que não conseguiu recuperar a visão, é conduzido pelos médicos do hospital
Foto: Reuters
Em entrevista á imprensa, a equipe de médicos explicou o procedimento, que levou 15 horas e envolveu 30 profissionais
Foto: Reuters
O urso Walker precisou de uma cirurgia nos dentes aos dois anos de idade. Leia notícia relacionada
Foto: The Royal Zoological Society of Scotland / Divulgação
O urso estava com o rosto inchado e, como antibióticos não fizeram efeito, os veterinários decidiram sedar o animal para fazer o procedimento
Foto: The Royal Zoological Society of Scotland / Divulgação
Um urso polar teve que passar por uma cirurgia após os veterianários descobrirem que ele estava sofrendo dores
Foto: The Royal Zoological Society of Scotland / Divulgação
O pinguim Happy Feet perdeu a rota de migração e foi parar na Nova Zelândia. Leia notícia relacionada
Foto: AP
John Wyeth, chefe da gastroenterologia do hospital de Wellington e um dos mais renomados médicos da Nova Zelândia, conduziu uma operação em um pinguim. O animal foi encontrado em uma praia do país após comer areia - que o pinguim teria confundido com gelo
Foto: AFP
Após ser "extraviado" de seu país, Happy Feet é operado no "asilo" da Nova Zelândia
Foto: AP
O animal foi encontrado na costa de Kapiti, na ilha Norte, e tem cerca de 10 meses. A cirurgia serviu para limpar seu estômago, já que ele vinha comendo areia na praia.
Foto: AP
Liesel, o gorila mais antigo do Zoológico de Budapeste, foi preparado por veterinários da instituição para intervenção cirúrgica. Leia notícia relacionada
Foto: Reuters
A operação fez-se necessária devido a um tumor que ameaçava a vida do gorila
Foto: Reuters
A fêmea, de 32 anos de idade, teve seu útero operado por médicos e veterinários