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Descoberta espécie de crocodilo que viveu há 130 mi de anos

Descoberta espécie de crocodilo que viveu há 130 mi de anos

21 mar 2012 - 22h45
(atualizado em 23/3/2012 às 19h40)
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Cientistas britânicos anunciaram a descoberta de uma nova espécie de crocodilo que teria vivido há 130 milhões de anos, após se separar dos dinossauros. A descoberta se baseia em um crânio fossilizado que um pesquisador encontrou por acaso em 2007, nos arredores dos pântanos de Swanage, uma vila litorânea do condado de Dorset, no sul da Inglaterra, confirmou nesta quarta-feira o principal responsável da pesquisa, Mike Benton.

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Durante cinco anos, cientistas da Universidade de Bristol examinaram minuciosamente o crânio, de 1 metro de comprimento e em bom estado de conservação, e o compararam com amostras de outros espécimes. Os pesquisadores finalmente declararam que se trata de uma nova espécie de crocodilo, um antepassado dos répteis de água salgada que viveu no Cretáceo Inferior, e o batizaram de "Goniopholis kiplingi", em homenagem a Rudyard Kipling, autor de O Livro da Selva.

"Este novo crocodilo se parecia muito com os atuais quanto à forma e dentadura. Era um animal muito grande, embora não gigante", comentou Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol.

O réptil, que segundo o pesquisador media entre 4 e 5 m do nariz à ponta da cauda, se alimentava de peixes, tartarugas e, provavelmente, de pequenos dinossauros que habitavam os pântanos e lagos das florestas tropicais.

Embora outros restos do "Goniopholis" já tenham sido encontrados na Inglaterra há mais de um século, os ossos do crânio descoberto são mais alongados, além de apresentarem outras diferenças sutis em sua mandíbula superior. "(O crânio) se trata de uma amostra bastante notável. Encontra-se em bom estado e não está esmagado, algo bastante incomum porque, na maioria dos casos, os fósseis são danificados pelas rochas", detalhou Benton. Tecnologias avançadas de scanner e reconstrução por computador foram utilizadas na análise do fóssil para elaborar um modelo em 3D.

Segundo o paleontólogo, a descoberta ajudará os pesquisadores a calcular o número de espécies. "Parece que este crocodilo só viveu na Inglaterra. Por isso, agora sabemos que deve ter havido duas ou três espécies deste tipo naquele tempo".

O fóssil ficou exposto após um deslizamento de pedras em uma praia de Dorset, que faz parte da região conhecida como Costa Jurássica, uma área declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que se estende ao longo do Canal da Mancha. A partir de agora, o fóssil e sua reconstrução em 3D estarão expostos no Museu de Dorchester, sudoeste da Inglaterra.

As fêmeas das pulgas ancestrais mediam mais de 20 mm, enquanto os machos tinham quase 15 mm
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Foto: AFP
EFE   
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