PUBLICIDADE

Coração de rato volta a bater ao ser "repovoado" com células humanas

13 ago 2013 - 12h12
(atualizado às 12h12)
Compartilhar
Exibir comentários

Cientistas da Universidade de Pittsburgh (EUA) conseguiram pela primeira vez fazer com que um coração de rato que teve suas células retirada e substituídas por células precursoras humanas voltasse a bater. 

Segundo os cientistas, somente nos Estados Unidos, uma pessoas morre de ataque cardíaco a cada 34 segundos, e mais de 5 milhões sofrem de falência cardíaca, a redução da habilidade de bombear sangue. "A habilidade de substituir uma parte do tecido danificado, ou talvez até o órgão inteiro, poderia ser muito útil para esses pacientes", diz Lei Yang, professor da Escola de Medicina da universidade americana.

Durante o projeto, os cientistas removeram todas as células do coração - deixando apenas o "molde" do órgão - em um processo que leva cerca de 10 horas. Em outro processo, eles transformaram células humanas de pele em células-tronco pluripotentes e, então, em células progenitoras cardiovasculares multipotentes (que se transformam naturalmente três tipos de células usadas pelo coração). Estas foram usadas para repovoar o órgão.

A pequena "forma" que sobrou do coração, depois de repovoada, instruiu as células multipotentes a "reconstruírem" o órgão, se diferenciando nas células que eram necessárias. Após algumas semanas, o coração estava refeito - e começou a bater novamente, entre 40 e 50 batidas por minuto.

O próximo passo é fazer um coração que bata com força suficiente para bombear o sangue pelo corpo. Além disso, é necessário refazer o sistema de condução elétrica do corpo, para que ele aumenta e diminua a frequência cardíaca apropriadamente.

Os médicos acreditam que, no futuro, poderíamos usar a pele do próprio paciente para criar um novo coração em laboratório para substituir um com problemas. Além disso, o coração de laboratório poderia ser usado para testar novas drogas ou para entendermos melhor como o coração de um feto se desenvolve.

"Um de nossos próximos objetivos é ver se é factível fazer um remendo de músculo cardíaco humano", diz o pesquisador. "Nós poderíamos usar esses remendos para substituir uma região danificada por um ataque cardíaco. Isso poderia ser mais fácil de conseguir porque não necessitaria de tantas células quanto um coração humano inteiro."

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade