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Cientistas russos exploram cratera misteriosa na Sibéria

Três buracos profundos foram encontrados na Sibéria em 2014 e, agora, com o resfriamento do solo e água, cientistas podem chegar à base do fenômeno e tentar entender como foram formados

17 nov 2014 - 09h12
(atualizado às 09h19)
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Cientistas estão recolhendo amostras de gelo, solo, gás e ar que poderão determinar se se trata de um pingo e entender a composição das crateras
Cientistas estão recolhendo amostras de gelo, solo, gás e ar que poderão determinar se se trata de um pingo e entender a composição das crateras
Foto: IFL Science / Reprodução

O ano de 2014 trouxe três casos misteriosos na região da Sibéria com o aparecimento de crateras gigantescas nas penínsulas de Yamar e Taymyr no mês de julho. Agora, com a baixa das temperaturas, os cientistas conseguirão ir até a base do primeiro buraco surgido e explorar materiais para entender como as crateras se formaram. As informações são do IFL Science.

A cratera de Yamal foi, primeiramente, explorada com o recolhimento de amostras do solo, água e ar. Os cientistas também sobrevoaram a área com helicópteros. Até agora, a explicação mais lógica para a formação dos buracos gigantes é a presença de grandes reservas de metano próximas que, com as alterações climáticas e o aumento da temperatura nos locais, uma possível “bolsa de gás” no solo se aqueceu e começou a pressionar o solo descongelado, empurrando para fora. Assim, como uma “rolha”, o fenômeno conhecido como pingo permitiu que as crateras de formassem.

Os pesquisadores, então, estão praticando rapel na cratera de mais de 15 metros de profundidade sob temperatura de  11 C, para chegar ao lago congelado em sua base
Os pesquisadores, então, estão praticando rapel na cratera de mais de 15 metros de profundidade sob temperatura de 11 C, para chegar ao lago congelado em sua base
Foto: IFL Science / Reprodução

Porém, apesar das teorias apresentadas até agora, os estudiosos não têm certeza, sendo necessária a exploração mais profunda. Os pesquisadores, então, estão praticando rapel na cratera de mais de 15 metros de profundidade sob temperatura de – 11˚C, para chegar ao lago congelado em sua base.

Os exploradores estão recolhendo amostras de gelo, solo, gás e ar que poderão determinar se se trata de um “pingo”, através do conhecimento da composição das crateras e encontrando um modelo de como o fenômeno é formado. A atual exploração poderá, também, explicar os outros dois buracos recentemente formados e , ainda, procurar outros casos de estruturas similares para estudo.

“O elemento principal - e esta é nossa teoria para explicar a cratera de Yamal - é a liberação de hidratos de gás. Sabemos que há gás no local, tanto na camada profunda, quanto na camada próxima à superfície”, afirmou o pesquisador Vladimir Potapov.

Fonte: Terra
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