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Cientistas reúnem vestígios para reconstruir evolução no Ártico

9 mai 2013 - 15h00
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Pesquisadores Julie Brigham-Grette e Pavel Minyuk celebram obtenção de sedimentos de lago a 318 metros de profundida
Pesquisadores Julie Brigham-Grette e Pavel Minyuk celebram obtenção de sedimentos de lago a 318 metros de profundida
Foto: Tim Martin / Divulgação

Análises do mais antigo núcleo de sedimento continental já coletado no Ártico revelam novas informações sobre a história e mudanças ambientais da região. Os estudos, concluídos recentemente por uma equipe liderado pela cientista Julie Brigham-Grette, da Universidade de Massachusetts Amherst, nos Estados Unidos, fornece um "conhecimento absolutamente novo" do clima ártico de 2,2 a 3,6 milhões de anos atrás.

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"Enquanto os registros geológicos do Ártico existentes contenham pistas importantes sobre esse período, o que estamos apresentando é o mais contínuo arquivo de informação sobre as mudanças climáticas no passado em todas as fronteiras do Ártico. Como se estivéssemos lendo um romance policial, podemos voltar no tempo e reconstruir como a região evoluiu com apenas algumas páginas faltando aqui e ali", afirmou Brigham-Grette.

Os resultados das análises que apresentam "uma janela excepcional sobre as dinâmicas ambientais" foram publicados nesta semana na revista científica Science e podem ter "grandes implicações  para o entendimento de como o Ártico transitou de uma paisagem florestal sem camadas de gelo para a terra coberta de gelo e neve que conhecemos hoje", afirma a cientista.

Os dados vêm da análise de núcleos sedimentares coletados no inverno de 2009 do lago El'gygytgyn, o lago profundo mais antigo no norte da Rússia, localizado a 100 quilômetros do Círculo Polar Ártico. O "lago E" foi formado há 3,6 milhões de anos, quando um meteorito - com talvez um quilômetro de diâmetro - atingiu a Terra e criou uma cratera com 18 quilômetros de largura. O material ali coletado chegam a um período geológico quase 25 vezes maior que o alcançável na Groenlândia - que chegam a até 140 mil anos.

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Fonte: Terra
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