Cientistas recriam em 3D "bolha" que viveu há 425 mi de anos
4 ago2010 - 13h54
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A universidade Imperial College London, no Reino Unido, reconstruiu em um modelo de computador em 3D o corpo de um animal único que viveu há aproximadamente 425 milhões de anos. O modelo foi criado a partir do único fóssil da criatura conhecida como Drakozoon.
Segundo a universidade, o modelo ajuda os pesquisadores a entender melhor como pareciam as espécies primitivas e como elas podem ter evoluído em outros tipos de criaturas que vivem hoje em dia. O fóssil foi descoberto por um time de pesquisadores há 6 anos em Herefordshire Lagerstätte, na Inglaterra. O Drakozoon viveu no oceano e o modelo indica, além da estranha forma do animal, que ele tinha uma pele parecida com couro.
Os cientistas acreditam que ele vivia preso a superfícies como, por exemplo, rochas. Teria aproximadamente 3 mm de comprimento e usaria seus tentáculos para pegar e se alimentar de partículas orgânicas na água. O ser usaria uma extensão parecida com um capuz para se proteger de predadores, puxando ela para trás para expor novamente os tentáculos quando o perigo passasse.
O estudo indica que o animal tinha oito cristas em cada lado do corpo. Os cientistas sugerem que estas cristas são remanescentes de um tempo no qual o Drakozoon tinha um corpo composto de unidades repetidas, o que suporta uma teoria que afirma que as primeiras criaturas do nosso planeta também eram compostas de unidades repetidas.
Os cientistas criaram o modelo após cortar o fóssil em 200 pedaços. Essas partes foram fotografadas individualmente e as imagens foram inseridas no computador que gerou o modelo em 3D.
Os pesquisadores afirmam que fósseis das partes macias do corpo, como a pele, são raros e que este só foi preservado porque o animal estava em uma área que foi coberta por cinza vulcânica seguida por uma erupção, que encobriu o animal ainda vivo, o que o deixou intacto.
O Censo da Vida Marinha divulgou dados sobre 10 anos de trabalho conjunto com instituições de pesquisa de todo o planeta. Entre as novas descobertas, está a de que o Japão e a Austrália têm a maior biodiversidade marinha e o Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do mundo. Confira imagens de animais observados. O Phronoma sedentaria vive dentro de outro animal que tem forma de barril
Foto: Divulgação
O Chiasmodon niger é capaz de capturar e ingerir uma presa maior que ele mesmo
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Pesquisadores da Nova Zelândia seguram estrelas-do-mar Macroptychaster gigantes. Esses animais podem chegar a 60 cm de diâmetro
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A lagosta cega é uma nova espécie descoberta em 2007 e pertence a um raro gênero, do qual se conheciam apenas duas outras espécies e quatro animais vivos
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A bactéria gigante de enxofre habita sedimentos no leste do Pacífico Sul
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Pesquisadores estudam um atum
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O Lutjanus casmira é um típico peixe de recife. Estes foram registrados na Ilha de Páscoa
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Pesquisadores descrevem o Clione limacina como um "anjo no escuro oceano"
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Esta nova espécie de camarão fantasma foi encontrada na lama de um vulcão no golfo de Cádiz
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O bizarro Crassota sp também foi registrado pelos pesquisadores
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O Coryphaenoides rupestris não chama a atenção pela beleza
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Neste caranguejo, chama a atenção os olhos listrados
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O Abyssobenthic ctenophore é uma das muitas espécies dos mares do Japão, os de maior biodiversidade do planeta, ao lado dos da Austrália
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Poliquetas também foram estudadas
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As estrelas-do-mar Pycnopodia helianthoides vivem no Alasca
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O estudo foi responsável, em 2003, pelo primeiro registro do padrão de cores da anêmona Stephanthus antarcticus, que vive na Antártida
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O sangue do peixe de gelo da Antártida é adaptado para não congelar em baixas temperaturas, por isso, não tem hemoglobina nem células vermelhas que dão cor ao sangue. Na mesma imagem, podem ser vistas estrelas-do-mar amarelas
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Água viva de águas profundas usa bioluminescência para "gritar" por socorro quando atacada. Animal foi registrado a 805 m de profundidade no leste da ilha de Izu-Oshima, no Japão
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A Asteronyx loveni foi registrada a 1.265 m de profundidade, em Sanriku
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Esta nova espécie de cefalópode protege os pequenos olhos com escudos. Descoberto no cabo Nomamisaki
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Este hidróide foi registrado a 670 m de profundidade na baía Sagami
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O verme zumbi vive e se alimenta dos ossos de baleias
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Aranha do mar macho carrega ovo em apêndices adaptados na parte inferior de seu corpo. Esta é uma das muitas possíveis novas espécies da Antártida. Os pesquisadores do Censo tentam entender a evolução desses curiosos animais
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Esta estrela-do-mar também foi registrada
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Estrela-do-mar é registrada na baía Cobscook, no Maine, Estados Unidos, em 2007
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Este chicote do mar intrigou os pesquisadores, que passaram um bom tempo tentando examinar os diversos organismos que viviam associados a este único animal
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Essa barreira foi construída na Venezuela com cerca de 5 milhões de conchas durante o período pré-hispânico
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Este ouriço-do-mar foi registrado na Antártida
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Imagem registrada na Nova Zelândia mostra uma estrela-do-mar (laranja) em um coral se alimentando de microrganismos em corrente marítima
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Biólogos estudam um esturjão verde no baixo rio Klamath
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Veículo operado a distância mede a temperatura da água. O equipamento foi responsável, em 2006, pela temperatura mais alta registrada no mar: 407°C
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Esta é o único Laurentaeglyphea neocaledonica registrado vivo. Acreditava-se que a espécie estava extinta há 50 milhões de anos
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Apesar da cor, o verme árvore de Natal merece o nome
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Águas-vivas coloniais foram vistas na Austrália
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A água-viva Aequorea macrodactyla vive nas águas mornas do leste do Pacífico
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Este Lima sp, uma espécie de molusco, foi fotografado durante uma expedição à ilha Ningaloo, na Austrália
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Diversas espécies de polvo foram observadas na Antártida
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Este caranguejo foi observado em 2005
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Água-viva foi registrada na Austrália
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Os chocos também foram estudados pelo Censo
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Lesma do mar é vista na ilha Heron, na Austrália
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Esta lesma também foi registrada na ilha Heron
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Tubarão baleia é visto no coral australiano de Ningaloo
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Poliqueta é vista em um coral australiano
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Sabelídeo é registrado no mar australiano
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Este caranguejo foi visto no coral da ilha Heron
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Este coral transparente também foi visto na Austrália
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Esta nova espécie de lula foi descoberta na região central do Atlântico
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Parte inferior de uma estrela-do-mar Nardoa rosea é vista de perto na ilha de Heron
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Doutor Niel Bruce, do Museu Tropical de Queensland, na Austrália, participa de pesquisa em ilha
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Pepinos do mar de água profunda são vistos na Alemanha
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Esponja de vidro é vista na Alemanha. Pesquisadores acreditam que esses animais, devido ao seu tamanho e lento crescimento, existiam antes do aparecimento de uma camada de gelo que existia no local, e sobreviveram a ela
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Ascídias são vistas na Alemanha
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Nova espécie de epímera tem apenas 25 mm e foi descoberta na Antártida
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Alga vermelha foi vista na ilha de Heron
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Ouriço-do-mar foi encontrado na Austrália
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Este pterópode foi capturado na Austrália
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Detectores acústicos ajudaram a registrar a passagem de peixes migratórios e traçar suas rotas
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O caranguejo yeti recebeu esse nome por causa da aparência peluda. O animal pertence a uma nova família descoberta durante o censo. Este espécime foi coletado a 2.228 m de profundidade
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O peixe sargaço se esconde na alga que lhe dá nome
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Esta anêmona do mar da espécie Actinoscyphia sp fecha seu tentáculos para capturar presas ou se proteger
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Este polvo de águas profundas vive a 2,7 mil m de profundidade no Golfo do México
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Este peixe-anjo rainha foi registrado próximo ao vazamento de óleo no Golfo do México
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A Lambis chiragra, que está na Lista Vermelha de espécies ameaçadas como "vulnerável", vive em Cingapura