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Cientistas do Cern preveem descobertas sobre universo paralelo

20 out 2010 - 15h00
(atualizado às 15h58)
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À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Cern, nas proximidades de Genebra, opera com uma força maior, os cientistas falam cada vez mais sobre uma "Nova Física" no horizonte, que poderia mudar por completo os pontos de vista atuais sobre o universo e o seu funcionamento.

"Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras...Isso não é coisa de ficção científica barata, mas teoria física muito concreta que os cientistas tentam confirmar com o LHC e outros experimentos." Isso foi o que escreveram os integrantes do Grupo de Teoria do centro internacional de pesquisa no boletim direcionado aos funcionários do Cern este mês.

Enquanto as partículas se chocam no vasto complexo subterrâneo do LHC a energias cada vez maiores, os "extra bits do universo" - se é que eles existem como o previsto - poderão ser vistos no computador, afirmam os teóricos.

O otimismo é crescente entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern, ao longo da fronteira entre França e Suíça, numa experiência de US$ 10 bilhões, que inicialmente apresentou problemas, mas este ano vem cumprindo suas metas.

Colisão de prótons

Em meados de outubro, disse o diretor-geral Rolf Heuer à equipe no último fim de semana, os prótons eram colididos ao longo do anel subterrâneo de 27 km a uma taxa de 5 milhões por segundo - duas semanas antes da data prevista para esse número.

No ano que vem, as colisões ocorrerão - se tudo continuar seguindo bem - a uma taxa que produzirá o que os físicos chamam de "femtobarn inverso", mais bem descrito como uma quantidade colossal de informações para a avaliação dos analistas.

As colisões recriam o que aconteceu numa minúscula fração de segundo após o Big Bang primordial, 13,7 bilhões de anos atrás, que gerou o universo que conhecemos hoje e tudo o que ele contém. Depois de séculos de observações cada vez mais sofisticadas da Terra, apenas 4% do universo é conhecido - porque o restante é formado, teoricamente, pelo que tem sido chamado de matéria escura e energia escura (que seriam invisíveis).

O detector Castor, que teve participação do Brasil na criação, é um dos principais do LHC
O detector Castor, que teve participação do Brasil na criação, é um dos principais do LHC
Foto: Cern / Divulgação
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