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Cientistas conseguem controlar cérebro de macacos com luz

26 jul 2012 - 14h08
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Pesquisadores afirmam ter conseguido controlar o comportamento de macacos apenas com o uso de pulsos de luz azul. Segundo os pesquisadores, a radiação ativa células muito específicas do cérebro. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira em artigo na revista especializada Current Biology.

Uma menina que nasceu com um cisto do tamanho de um melão na face se recuperou após cirurgia no Reino Unido. Segundo a mãe, Michaela Molyneux, 20 anos, os médicos chegaram a sugerir que ela interrompesse a gravidez porque a pequena Mia sofria riscos de ter sequelas para toda a vida, mas ela manteve a gestação
Uma menina que nasceu com um cisto do tamanho de um melão na face se recuperou após cirurgia no Reino Unido. Segundo a mãe, Michaela Molyneux, 20 anos, os médicos chegaram a sugerir que ela interrompesse a gravidez porque a pequena Mia sofria riscos de ter sequelas para toda a vida, mas ela manteve a gestação
Foto: The Grosby Group

Segundo a revista, a pesquisa apresenta um avanço significativo na optogenética - uma área recente da ciência que estuda a conexão entre a atividade cerebral e o comportamento com o uso da óptica. Os pesquisadores acreditam que o controle de neurônios através da luz pode ser usado de forma similar em humanos para fins terapêuticos.

"Somos os primeiros a mostrar que a optogenética pode mudar o comportamento de macacos", diz Wim Vanduffel, do Hospital Geral de Massachusetts (ligado à Universidade de Harvard) e professor da universidade KU Leuven (Bélgica). "Isto abre portas para o uso da optogenética em larga escala para pesquisa em primatas e para começar a desenvolver terapias baseadas na técnica em humanos."

Os cientistas fazem os neurônios responderem à luz através da inserção de genes derivados de certos micro-organismos. Estudos anteriores conseguiram controlar invertebrados e roedores, e alguns mostravam indícios de alteração de atividade em macacos.

No novo estudo, os cientistas focaram no controle de neurônios de determinam movimentos dos olhos. Eles usaram a técnica e monitoraram os cérebros dos animais através de ressonância magnética. Os neurônios eram ativados e ainda mudavam o comportamento dos animais ao mover dos olhos.

Os pesquisadores acreditam que a técnica pode ajudar no tratamento de doenças como Parkinson, depressão, vício, transtorno obsessivo compulsivo e outras condições. "Muitas disfunções neurológicas podem ser atribuídas ao mau funcionamento de tipos de células específicas em regiões específicas do cérebro", diz o pesquisador.

"A beleza da optogenética é que, ao contrário de outros métodos, este pode afetar a atividade de tipos muito específicos de células, deixando outras intactas", completa o cientista.

Fonte: Terra
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