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Cientistas "brincam de Lego" com DNA e criam nanoestruturas 3D

29 nov 2012 - 17h01
(atualizado às 17h05)
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O Instituto Wyss, da Universidade de Harvard, conseguir criar mais de 100 nanoestruturas em três dimensões com o uso de DNA. O instituto já havia anunciado neste ano a criação de nano-objetos em duas dimensões, mas afirma que uma nova dimensão é um grande passo para a bioengenharia. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira na revista especializada Science.

Imagem mostra lado a lado modelo feito por computador e as imagens registradas por microscópios como vistas por cima
Imagem mostra lado a lado modelo feito por computador e as imagens registradas por microscópios como vistas por cima
Foto: Yonggang Ke / Divulgação

Segundo Harvard, o avanço foi como passar da criação de paredes para a construção de casas inteiras. O uso de nanotecnologia com uso de DNA pode ser um grande avanço para a medicina, com, por exemplo, o uso de "alvos" seletivos para medicamentos e novos tipos de exames. Mas não para por aí e as utilidades podem ajudar até na informática.

"Este é um simples, versátil e forte método", Peng Yin, principal autor da pesquisa. "Estamos nos movendo na velocidade da luz em nossa habilidade desenvolver modos cada vez mais poderosos de usar moléculas biocompatíveis de DNA como blocos estruturais de construção para nanotecnologia, o que pode ter grande valor para a medicina assim como aplicações não médicas", diz Don Ingber, diretor do Instituto Wyss.

As estruturas são criadas com as bases nitrogenadas do DNA - adenina (a), guanina (G), citosina (C) e timina (T). A combina apenas com T, G combina apenas com C. Podemos pensar nas bases como peças de Lego com duas entradas e dois pinos. Quando temos quatro peças, duas na horizontal e duas na vertical, conseguimos um bloco. E ao encaixar mais peças, temos cada vez objetos maiores e com formas diferentes. Foi isso o que os cientistas de Harvard fizeram (veja mais no vídeo no detalhe, em inglês).

Os cientistas afirmam podem fazer assim desde simples cubos contendo centenas de blocos de "Legos de DNA" a estruturas com superfícies complexas e intricados túneis.

Fonte: Terra
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