Censo criou maior compilação sobre vida marinha da história
4 out2010 - 14h00
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Cientistas divulgaram nesta segunda-feira os resultados do primeiro Censo da Vida Marinha - um estudo iniciado há 10 anos que permitiu a descoberta de 6 mil novas espécies em potencial.
O projeto internacional, que está ajudando a avaliar como a atividade humana está afetando ecossistemas marinhos antes inexplorados, envolveu mais de 2,7 mil pesquisadores de 80 países, que passaram 9 mil dias em ao menos 540 expedições nos mares.
As pesquisas geraram 2,6 mil trabalhos científicos e a maior compilação existente no mundo sobre a vida nos oceanos. O estudo "definiu pela primeira vez tanto o que era conhecido como o que era desconhecido e inexplorado nos oceanos", disse Ian Poiner, presidente do comitê do censo.
"Toda a vida na superfície depende da vida nos oceanos. A vida marinha fornece metade do nosso oxigênio, muito da nossa alimentação e o controle do clima."
O recenseamento, iniciado no ano 2000, custou US$ 650 milhões e envolveu mais de 670 instituições globais, para tentar responder às questões: O que viveu nos oceanos? O que vive nos oceanos? O que viverá nos oceanos?
Segundo os estudiosos, das 6 mil novas espécies em potencial descobertas, 1,2 mil já foram descritas formalmente. Mesmo assim, os cientistas do censo dizem que ainda é impossível estimar, com precisão, o número de espécies marinhas existentes.
O censo marinho durou dez anos e resultou na descoberta de milhares de novas espécies exóticas, entre elas a Alviniconcha sp, que vive no Japão
Foto: Reuters
O verme Vigtorniella sp também foi encontrado no Japão, na baía de Sagami, a 925 m. O Censo da Vida Marinha divulgou nesta segunda-feira, após 10 anos de trabalho, seus resultados. Foram cerca de 120 mil espécies registradas, sendo que até 6 mil podem ser novas - 1,2 mil foram confirmadas como descobertas pelo projeto
Foto: Reuters
O Ceratonotus steiningeri foi descoberto a 5,4 mil m de profundidade em 2006 em Angola
Foto: Reuters
A Lambis chiragra, que está na Lista Vermelha de espécies ameaçadas como "vulnerável", vive em Cingapura
Foto: Divulgação
O Censo da Vida Marinha divulgou dados sobre 10 anos de trabalho conjunto com instituições de pesquisa de todo o planeta. Entre as novas descobertas, está a de que o Japão e a Austrália têm a maior biodiversidade marinha e o Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do mundo. Confira imagens de animais observados. O Phronoma sedentaria vive dentro de outro animal que tem forma de barril
Foto: Divulgação
Este peixe-anjo rainha foi registrado próximo ao vazamento de óleo no Golfo do México
Foto: Divulgação
Este polvo de águas profundas vive a 2,7 mil m de profundidade no Golfo do México
Foto: Divulgação
Esta anêmona do mar da espécie Actinoscyphia sp fecha seu tentáculos para capturar presas ou se proteger
Foto: Divulgação
O peixe sargaço se esconde na alga que lhe dá nome
Foto: Divulgação
O caranguejo yeti recebeu esse nome por causa da aparência peluda. O animal pertence a uma nova família descoberta durante o censo. Este espécime foi coletado a 2.228 m de profundidade
Foto: Divulgação
Detectores acústicos ajudaram a registrar a passagem de peixes migratórios e traçar suas rotas
Foto: Divulgação
Este pterópode foi capturado na Austrália
Foto: Divulgação
Ouriço-do-mar foi encontrado na Austrália
Foto: Divulgação
Alga vermelha foi vista na ilha de Heron
Foto: Divulgação
Nova espécie de epímera tem apenas 25 mm e foi descoberta na Antártida
Foto: Divulgação
Ascídias são vistas na Alemanha
Foto: Divulgação
Esponja de vidro é vista na Alemanha. Pesquisadores acreditam que esses animais, devido ao seu tamanho e lento crescimento, existiam antes do aparecimento de uma camada de gelo que existia no local, e sobreviveram a ela
Foto: Divulgação
Pepinos do mar de água profunda são vistos na Alemanha
Foto: Divulgação
Doutor Niel Bruce, do Museu Tropical de Queensland, na Austrália, participa de pesquisa em ilha
Foto: Divulgação
Parte inferior de uma estrela-do-mar Nardoa rosea é vista de perto na ilha de Heron
Foto: Divulgação
Esta nova espécie de lula foi descoberta na região central do Atlântico
Foto: Divulgação
Este coral transparente também foi visto na Austrália
Foto: Divulgação
Este caranguejo foi visto no coral da ilha Heron
Foto: Divulgação
Sabelídeo é registrado no mar australiano
Foto: Divulgação
Poliqueta é vista em um coral australiano
Foto: Divulgação
Tubarão baleia é visto no coral australiano de Ningaloo
Foto: Divulgação
Esta lesma também foi registrada na ilha Heron
Foto: Divulgação
Lesma do mar é vista na ilha Heron, na Austrália
Foto: Divulgação
Os chocos também foram estudados pelo Censo
Foto: Divulgação
Água-viva foi registrada na Austrália
Foto: Divulgação
Este caranguejo foi observado em 2005
Foto: Divulgação
Pesquisadores da Nova Zelândia seguram estrelas-do-mar Macroptychaster gigantes. Esses animais podem chegar a 60 cm de diâmetro
Foto: Divulgação
Diversas espécies de polvo foram observadas na Antártida
Foto: Divulgação
Este Lima sp, uma espécie de molusco, foi fotografado durante uma expedição à ilha Ningaloo, na Austrália
Foto: Divulgação
A água-viva Aequorea macrodactyla vive nas águas mornas do leste do Pacífico
Foto: Divulgação
Águas-vivas coloniais foram vistas na Austrália
Foto: Divulgação
Apesar da cor, o verme árvore de Natal merece o nome
Foto: Divulgação
Esta é o único Laurentaeglyphea neocaledonica registrado vivo. Acreditava-se que a espécie estava extinta há 50 milhões de anos
Foto: Divulgação
Veículo operado a distância mede a temperatura da água. O equipamento foi responsável, em 2006, pela temperatura mais alta registrada no mar: 407°C
Foto: Divulgação
Biólogos estudam um esturjão verde no baixo rio Klamath
Foto: Divulgação
Imagem registrada na Nova Zelândia mostra uma estrela-do-mar (laranja) em um coral se alimentando de microrganismos em corrente marítima
Foto: Divulgação
Este ouriço-do-mar foi registrado na Antártida
Foto: Divulgação
Essa barreira foi construída na Venezuela com cerca de 5 milhões de conchas durante o período pré-hispânico
Foto: Divulgação
Este chicote do mar intrigou os pesquisadores, que passaram um bom tempo tentando examinar os diversos organismos que viviam associados a este único animal
Foto: Divulgação
Estrela-do-mar é registrada na baía Cobscook, no Maine, Estados Unidos, em 2007
Foto: Divulgação
Esta estrela-do-mar também foi registrada
Foto: Divulgação
Aranha do mar macho carrega ovo em apêndices adaptados na parte inferior de seu corpo. Esta é uma das muitas possíveis novas espécies da Antártida. Os pesquisadores do Censo tentam entender a evolução desses curiosos animais
Foto: Divulgação
O sangue do peixe de gelo da Antártida é adaptado para não congelar em baixas temperaturas, por isso, não tem hemoglobina nem células vermelhas que dão cor ao sangue. Na mesma imagem, podem ser vistas estrelas-do-mar amarelas
Foto: Divulgação
O estudo foi responsável, em 2003, pelo primeiro registro do padrão de cores da anêmona Stephanthus antarcticus, que vive na Antártida
Foto: Divulgação
As estrelas-do-mar Pycnopodia helianthoides vivem no Alasca