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Carnívoro bizarro de 500 mi de anos é finalmente classificado

29 mai 2010 - 11h11
(atualizado às 11h25)
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Um animal carnívoro de cerca de 500 milhões de anos foi finalmente classificado. Segundo pesquisa da Universidade de Toronto, o Nectocaris pteryx era um cefalópode - parente de polvos e lulas. A universidade afirma que todo o conhecimento sobre o animal vinha de um fóssil descrito em 1976, mas, somente o estudo de 91 fósseis encontrados durante três décadas nos parques da Unesco nas Montanhas Rochosas canadenses possibilitaram a classificação.

Concepção artística mostra como seria o Nectocaris pteryx
Concepção artística mostra como seria o Nectocaris pteryx
Foto: Divulgação

Os fósseis estudos mostram que o animal tinha entre 2 cm e 5 cm, com corpo em um formato que lembra uma pipa, com largos e esbugalhados olhos e um longo par de tentáculos, que os pesquisadores acreditam que ajudavam o animal a caçar e consumir suas presas. As aletas laterais ajudariam o molusco a nadar e o nariz em forma de funil talvez o ajudasse a acelerar.

"Isto é significante porque significa que os cefalópodes primitivos apareceram muito mais cedo do que imaginávamos (cerca de 30 milhões de anos antes) e oferece uma reinterpretação sobre as origens desse importante grupo de animais marinhos", diz o pesquisador Martin Smith, que liderou o estudo. O cientista afirma que as características ambíguas do fóssil original pesquisado levaram não permitiram classificar Nectocaris pteryx.

"Nós sabemos muito pouco sobre as relações entre o grande grupo de moluscos e o grupo primitivo. (...) Fósseis como o Nectocaris podem nos ajudar a entender como esses grupos vivos hoje se relacionam (com o antigo) e como eles evoluíram. Isto nos conta algo sobre como a biodiversidade se originou no passado e nos ajuda a entender a rica tapeçaria da vida hoje", diz Smith.

o Gymnotus omarorum na verdade já era conhecido há décadas e era modelo de estudos, mas era erroneamente nomeado como sendo um Gymnotus carapo, mas neurofisiologistas uruguaios descobriram que na realidade era uma espécie diferente. Segundo o instituto, esse caso é um exemplo de como conhecemos pouco sobre a biodiversidade, já que um "modelo de estudos" passou décadas sem ser corretamente descrito. Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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