PUBLICIDADE

Brasileiro faz macacos sentirem textura em objetos virtuais

5 out 2011 - 14h00
Compartilhar

Um estudo conduzido pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis conseguiu fazer com que macacos com eletrodos no cérebro movessem objetos virtuais, além de sentir texturas artificiais. O avanço pode ser um novo passo para que pessoas que sofrem paralisia ou que tenham um membro amputado venham um dia a recuperar o tato. As informações são da agência AFP.

A pesquisa com os macacos pode ser um passo para que pessoas que sofrem paralisia um dia recuperem o tato
A pesquisa com os macacos pode ser um passo para que pessoas que sofrem paralisia um dia recuperem o tato
Foto: AFP

O estudo foi divulgado nesta quarta-feira pela revista britânica especializada Nature. Nicolelis, professor de neurobiologia na universidade Duke, no Estado americano da Carolina do Norte, implantou múltiplos eletrodos em ambos os hemisférios do cérebro de dois macacos rhesus. Os animais usaram um joystick para mover um cursor ou um braço virtual na tela de um computador e passa-lo por três objetos visualmente idênticos.

Quando o sensor passa pelo objeto virtual, os sensores implantados fazem uma estimulação no cérebro, o que leva ao sentido de tato. A partir disso, os macacos conseguiam distinguir os objetos pelo "tato virtual", já que eram visualmente idênticos.

No artigo que descreve o estudo, Nicolelis e seu grupo afirmam que a interação entre cérebro e máquina pode levar a membros prostéticos mais avançados, mas o desenvolvimento do tato ainda é uma grande barreira.

Segundo os cientistas, com exceção de poucos estudos, o estímulo táctil em membros prostéticos é pouco desenvolvido pela medicina. Ainda de acordo com os autores do estudo, as pesquisas até agora se focavam em desenvolver o tato através de métodos ineficientes, como o estímulo nos nervos do membro amputado. Por isso os cientistas decidiram tentar um estímulo diretamente no cérebro.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade