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Brasileiro cria polímero que substitui químico proibido de plásticos

Brasileiro cria polímero que substitui químico probibido de plásticos

18 nov 2011 - 09h26
(atualizado às 09h29)
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Um novo polímero, desenvolvido a partir de derivados do milho por um pesquisador brasileiro em parceria com cientistas dos Estados Unidos, pode substituir o bisfenol A, composto que está sendo proibido em diversos países, incluindo o Brasil, e que está presente em produtos plásticos como garrafas e mamadeiras. As informações são da agência Fapesp.

O estudo começou em 2004, durante um pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, quando Catalani propôs desenvolver produtos baseados em um composto derivado da glicose do milho, chamado isosorbídeo. Com base nessa substância, os cientistas deram origem a um novo polímero para compor resinas tipo epóxi, que são utilizadas em larga escala em plásticos rígidos, como placas de computador, embalagens e revestimentos.

"Esse novo polímero é importante tanto pelo fato de ser proveniente de insumos da biomassa - e, portanto, uma alternativa aos derivados de petróleo - como também por substituir o bisfenol A", disse Catalani.

De acordo com o pesquisador, o composto que está sendo proibido em diversos países por ser um mimetizador de estrógenos (hormônios), que prejudica a saúde de quem entra em contato com o material.

Já produzido em escala comercial a partir do milho, o isosorbídeo também poderia ser obtido a partir de outras matérias-primas, como a cana-de-açúcar. "Certamente, a cana-de-açúcar seria uma alternativa para obter esse produto, porque dela se obtém glicose em grande quantidade", explicou.

O pesquisador pretende utilizar o novo polímero derivado do isosorbídeo para desenvolver um suporte ao crescimento de diversos tipos de células, que representa o primeiro passo para se tentar produzir tecidos artificiais, como tecido ósseo ou para reconstituição de tímpano.

A invenção rendeu ao professor Luiz Henrique Catalani, do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP), e aos outros três autores da descoberta o prêmio Thomas Alva Edison Award 2011, concedido pelo Conselho de Pesquisa e Desenvolvimento de New Jersey, EUA.

Fonte: Terra
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