Ártico: água mais quente em 2 mil anos ameaça ursos polares
1 fev2011 - 12h58
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Cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, descobriram que a água que vai do Atlântico Norte e deságua no Ártico está em seu nível mais quente dos últimos dois mil ano. O derretimento do gelo causado pela temperatura da água vem forçando ursos polares a nadar distâncias cada vez maiores para encontrar um lugar para descansar e caçar.
O mar na Corrente do Golfo, entre a Groelândia e o arquipélago norueguês de Svalbard, alcançou uma média de 6ºC nos últimos verões, mais quente do que nos picos naturais durante a época medieval ou romana.
Os cientistas temem que os picos de temperatura podem levar a um Ártico sem gelo nos próximos anos e que isso poderia pôr em risco os ursos polares, que precisam do gelo para sobreviver. Essas mudanças também poderiam causar a elevação do mar em todo o mundo e mudanças drásticas para o ambiente, segundo os pesquisadores.
O grupo de pesquisadores examinou minúsculos organismos de plâncton no fundo do mar do estreito de Fram, que é o principal transportador de águas quentes para o Ártico. Eles descobriram que há 2 mil anos a temperatura da água do Ártico era em média 3,4ºC, mas que agora subiu para 5,2ºC. Algumas temperaturas do verão foram ainda maiores, atingindo 6ºC às vezes.
O efeito tem sido evidente e acentuada - de acordo com a Universidade do Colorado o nível de gelo no Ártico ficou entre o mais baixo registrado em 2009. Além disso, entre 1979 e 2009, uma área maior do que o Estado do Alasca desapareceu.
O co-autor do estudo, Thomas Marchitto, disse que a água do mar fria ¿é fundamental para a formação de gelo do mar, o que ajuda a resfriar o planeta ao refletir a luz solar de volta ao espaço¿. Marchitto disse que o estudo não prova necessariamente se a mudança é causada pelo homem, mas afirma que este é um evento incomum.
A história recente de um urso polar que nadou constantemente durante nove dias e percorreu 687 km tem sido citada pelos observadores como um sinal do perigo devido ao derretimento do gelo. O animal completou a incrível façanha no mar de Beaufort, no Alasca (EUA), mas o seu filhote não conseguiu.
A Arca poderia resistir a maremotos, terremotos, furacões e outros desastres naturais
Foto: Remistudio / Divulgação
Arquitetos enquadram a estrutura como um refúgio autossuficiente para suportar desastres naturais e poderia até flutuar, para o caso de ser atingido por um tsunami ou uma enchente
Foto: Remistudio / Divulgação
O principal uso da Arca seria para moradia e como hotel
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A Arca ainda é apenas um projeto
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Por causa da estrutura transparente, a luz é filtrada através de salas internas para reduzir a necessidade de iluminação
Foto: Remistudio / Divulgação
A estrutura, segundo os russos, é capaz de resistir à maioria dos desastres naturais
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O projeto utiliza painéis solares para a captação de energia e um sistema de coleta de água pluvial para o abastecimento de água
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O Projeto Arca, como é chamado, foi concebido com o apoio do programa Arquitetura de Auxílio contra Desastres da União Internacional de Arquitetos, pensado especialmente como solução para catástrofes
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O ambiente de estufa prevê muita vegetação que ajudaria na qualidade do ar e no fornecimento de fontes de alimento
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A solidez estrutural é fornecida pelo comportamento de compressão dos arcos de madeira e da tensão das cordas de aço
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A construção em forma de concha de arcos e cabos permite a melhor distribuição do peso, por isso a resistência a terremotos
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A Arca ainda é um projeto, mas já se define como exemplo de estrutura ecossustentável para o futuro
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O gigante flutuante é considerado uma biosfera
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A futurista Arca foi concebida para resistir a inundações causadas pela elevação do mar