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Pequim vive primeiro dia de alerta vermelho por poluição

8 dez 2015 - 02h29
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A capital da China vive nesta terça-feira seu primeiro dia de alerta vermelho pelo alto índice de poluição do ar, no qual se destacam as restrições ao trânsito, apesar de a qualidade do ar não estar tão ruim em termos históricos.

O Escritório de Meio Ambiente de Pequim emitiu o alerta, o primeiro deste tipo na história local, na noite de ontem para que entrasse em vigor a partir das 7h locais (21h de Brasília de segunda-feira), devido aos níveis perigosos de qualidade do ar.

O alerta vermelho, o mais alto em uma escala de quatro cores, determina que metade dos automóveis particulares não podem circular através de um rodízio em função do último número da placa e do dia do mês.

Também está proibida a circulação de caminhões pesados, o que, em conjunto, tornou o trânsito na cidade claramente mais tranquilo do que o habitual na hora do rush da manhã de hoje.

Para compensar os cerca 2 milhões de habitantes que não poderão usar seus automóveis, a administração da cidade estendeu os horários e aumentou a oferta de serviços do transporte público.

As medidas mais importantes se referem à indústria e ao setor da construção. As grandes obras foram suspensas e as fábricas que mais poluem reduziram ou interromperam sua produção.

Além da construção, os setores mais afetados são o de geração de energia, siderurgia e produção de cimento e coque.

As escolas primárias e secundárias suspenderam as aulas, mas os centros seguem abertos para os alunos que precisam para que seus pais possam trabalhar.

Também foi solicitado às empresas e às instituições oficiais que ofereçam horários flexíveis para seus funcionários e algumas até permitiram que empregados trabalhassem de suas casas.

O alerta ficará em vigor até o meio-dia de quinta-feira (2h de Brasília) e, pouco depois, espera-se que uma frente fria com ventos constantes disperse a nuvem de poluição.

Este é o segundo episódio de poluição aguda em Pequim em pouco mais de uma semana. O último, que começou no final de novembro, registrou, no entanto, números muito piores de qualidade do ar, mas o Escritório de Meio Ambiente municipal não emitiu alerta superior ao laranja.

Naquela ocasião, as autoridades da capital receberam várias críticas por não terem declarado o alerta vermelho e por terem permitido que as crianças frequentassem as aulas.

No entanto, os níveis atuais de poluição em Pequim não são tão graves em termos históricos e são relativamente recorrentes nesta época do ano, quando o uso da calefação aumenta o consumo de energia, baseada principalmente na queima de carvão.

O sistema de detecção da embaixada americana, que normalmente informa números mais altos que os oficiais da administração chinesa, assinalava ontem e na manhã de hoje níveis de partículas finas PM 2,5 - as mais perigosas para a saúde - de entre 200 e 300 microgramas por metros cúbicos, com um pico de 315 às 6h locais de hoje.

Por outro lado, na semana passada, em três dias consecutivos foram registrados índices de entre 450 e 666 microgramas, as piores concentrações do ano de 2015, mas o alerta não passou de laranja.

EFE   
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