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Pelo menos 100 elefantes morrem envenenados no Zimbábue

15 out 2013 - 17h50
(atualizado às 18h22)
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Pelo menos 100 elefantes foram encontrados mortos, envenenados com cianureto, esta semana no maior parque nacional do Zimbábue, informaram autoridades de conservação da vida selvagem, após a descoberta de dez novas carcaças.

"Dez carcaças de elefantes foram encontradas em Hwange anteontem. Dois suspeitos foram detidos e 14 peças de marfim, apreendidas", informou Caroline Washaya-Moyo, porta-voz da autoridade que administra os parques nacionais.

Muitos outros animais de espécies diferentes também sucumbiram ao envenenamento, segundo as autoridades, que não forneceram mais detalhes sobre o ocorrido.

Nas últimas semanas, doze pessoas foram detidas e no mês passado, três foram condenadas a penas de pelo menos 15 anos de prisão, combinadas com uma pesada multa de US$ 600 mil. As autoridades também deram um ultimato aos moradores de uma cidade nos arredores do parque, acusados de possuir cianureto.

Os dirigentes de Tsholotsho imploraram o perdão das autoridades nacionais, destacando que se os moradores se tornaram cúmplices de caça ilegal, foi por causa da pobreza e não por ambição.

O parque, com extensão de 14 mil quilômetros quadrados, é patrulhado por apenas 50 guardas, mas seriam necessários dez vezes mais patrulheiros.

Estima-se que existam nos parques nacionais do país mais de 120 mil elefantes. Eles são vítimas de redes organizadas de caçadores ilegais, que exportam o marfim para a Ásia e o Oriente Médio, apesar de sua proibição desde 1989.

O tráfico de marfim é um negócio que rende US$ 10 bilhões ao ano, segundo um especialista na proteção de animais selvagens.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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