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Para Brasil, renovação do Protocolo de Kyoto é "grande prioridade" da COP-17

29 nov 2011 - 18h21
(atualizado às 22h13)
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O Brasil acredita que a "grande prioridade" na 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-17) de Durban (África do Sul) é renovar o Protocolo de Kyoto, afirmou nesta terça-feira o chefe da delegação brasileira, o embaixador André Corrêa do Lago. Segundo o representante afirmou em entrevista à imprensa, definir o segundo período de compromisso do protocolo é a grande prioridade, visto que garantirá instrumentos sólidos para a luta contra a mudança climática.

Centenas de crianças formam uma cabeça de leão em uma praia em Durban para chamar a atenção para a questão ambiental
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Foto: EFE

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O Protocolo de Kyoto, que foi assinado em 1997 e entrou em vigor em 2005, estabelece compromissos legalmente vinculativos de redução de emissões de gases do efeito estufa para 37 países desenvolvidos, com exceção dos Estados Unidos. O documento expira no final de 2012 e os negociadores tentam acertar um segundo período de compromisso que sirva de transição a um novo acordo internacional juridicamente vinculativo.

No entanto, os países em desenvolvimento consideram imprescindível que as economias ocidentais ratifiquem esse segundo período, enquanto a Rússia, o Japão e o Canadá anunciaram que não renovarão o tratado enquanto seus concorrentes comerciais, China, Índia e EUA, não assumam compromissos similares.

Na entrevista, Corrêa do Lago foi questionado sobre a proposta da União Europeia (UE) de um processo de negociação que até 2015 desemboque em um novo acordo internacional legalmente vinculativo que inclua mais países. "O Brasil está analisando este tema. Uma coisa é o que a UE propõe e outra é o que vamos acertar. Esta é uma proposta que está sendo examinada e vai ser negociada", respondeu o embaixador.

Sobre o Fundo Verde para o Clima, Corrêa do Lago afirmou que é "outro assunto para os países em desenvolvimento e também para os países desenvolvidos". Para o embaixador, é necessário ter recursos substanciais para que os países em desenvolvimento possam fazer o que for possível o mais depressa que puderem.

Apesar dos obstáculos, o embaixador se mostrou confiante em conseguir progressos no assunto até o final da cúpula, que começou nesta segunda-feira e terminará no dia 9 de dezembro. "Não deveríamos subestimar a capacidade de trabalhar muito intensamente nos próximos 12 dias. Acho que ainda podemos conseguir um resultado positivo", declarou.

EFE   
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