Os trabalhadores do projeto Crossrail, a nova linha de transporte subterrâneo que está sendo construída em Londres, encontraram 20 crânios romanos, assim como cerâmicas da mesma época, informou nesta quarta-feira a companhia responsável pela construtora.
Os restos humanos foram achados no sedimento de antigo rio de Londres, conhecido como Walbrook, na zona leste da cidade, onde os funcionários trabalham em um projeto que unirá os bairros do leste e oeste da capital britânica. Segundo os especialistas, os crânios teriam sido arrastados com o tempo desde um cemitério romano próximo.
A Crossrail colabora com arqueólogos, que desde o começo das escavações em 2009 acharam cerca de 10 mil objetos da época dos romanos. Esses crânios, que podem ajudar a entender ainda mais a vida dos romanos em terras britânicas, foram descobertos a cerca de três metros de profundidade, apesar de ainda não terem sido avaliados pelos legista para determinar com exatidão sua antiguidade.
O arqueólogo Jay Carver, que trabalha no projeto, disse hoje que este é um descobrimento "fascinante" que permite "revelar outra peça da história de Londres". Segundo Carver, os restos podem proceder de um cemitério romano que estava a cerca de cinquenta metros da atual estação de Liverpool Street, no leste da capital britânica.
O especialista Nicholas Elsden, do Museu Arqueológico de Londres, estima que os crânios podem corresponder aos séculos III ou IV, e considerou "incomum" que fossem descobertos juntos em uma mesma zona, levando em conta que ali não havia nenhum cemitério.
Desde 2009, também foram achados pela Crossrail restos de 13 corpos e cerâmicas que são datados em meados do século XIV e que aparentemente pertencem à época da Peste Negra. Também foram descobertos restos que provam a existência de assentamentos humanos na margem sul do rio Tâmisa, em Londres, há 9 mil anos, pois foi encontrada uma "fábrica de ferramentas" do período Mesolítico que inclui 150 peças de sílex.
A Crossrail, cuja conclusão está prevista para 2017, poderá operar até 24 trens nas horas de pico, e cada um viajará com velocidades de até 160km/h. Este é considerado um dos maiores projetos de infraestruturas da Europa.
Arqueologia em agosto: descoberta cidade subterrânea na Itália
Na Villa Adriana, antigo palácio de imperador romano, arqueólogos descobriram uma cidade subterrânea. O local poderá, em breve, ser visitado por turistas.
Foto: Ansa / Divulgação
Segundo arqueólogos, imponente tumba de sacerdotisa mostra que mulheres governaram no Peru há 1,2 mil anos
Foto: AFP
Gravuras rupestres (petróglifos) são alvo de depredação e, possivelmente, furtos em um sítio arqueológico localizado em terra indígena no município de São Gabriel da Cachoeira, na região do Alto Rio Negro, no norte do Estado do Amazonas
Foto: Ivani Faria/Agência Pública / Divulgação
As depredações foram denunciadas em documento enviado em março passado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pela Federação das Organizações Indígenas do Alto Rio Negro (Foirn), mas até o momento o órgão federal não se manifestou
Foto: Ivani Faria/Agência Pública / Divulgação
As figuras ficam visíveis apenas na época da vazante do rio, cujo início acontece geralmente no mês de setembro (atualmente o local está submerso)
Foto: Ivani Faria/Agência Pública / Divulgação
Os furtos seriam para atender colecionadores ou comercialização das gravuras. As imagens têm mais de 3 mil anos
Foto: Ivani Faria/Agência Pública / Divulgação
Arqueóloga Anya Shetler limpa relevo maia na Guatemala: descoberta do ano 600 d.C., considerada "a mais espetacular já vista", foi encontrada no centro arqueológico pré-colombiano de Holmul, no norte da Guatemala
Foto: EFE
O relevo foi encontrado durante as buscas de uma tumba que continha os restos de um indivíduo, supostamente um governante ou um membro da elite dessa cidade
Foto: EFE
O relevo tem oito metros de comprimento por dois de altura e mostra imagens de deuses e governantes divinizados, com seus nomes
Foto: EFE
O relevo foi encontrado em julho passado, em uma pirâmide maia de 1.400 anos
Foto: AFP
Um projeto arqueológico está desvendando pouco a pouco diferentes tesouros que permaneciam ocultos sob o solo de Londres, como uma moeda de ouro do século XVI utilizada provavelmente como pingente e similar às usadas pela realeza e pela aristocracia
Foto: Reuters
Moeda do imperador Adriano é encontrada entre tesouros em Londres
Foto: Reuters
Também foram encontrados restos de uma estrada da Roma antiga em bom estado, em cujos alicerces se encontrou, para a curiosidade dos arqueólogos, um osso humano
Foto: AP
Na mesma área, um cemitério do século XVII que pode abrigar 3 mil corpos, "uma amostra real da sociedade londrina ao longo de dois séculos"
Foto: Reuters
Peça foi encontrada na zona de Liverpool Street (leste da capital), um cenário que há séculos constituía uma das zonas mais humildes de Londres
Foto: AP
Moeda de ouro do século 16 era utilizada provavelmente como pingente
Foto: Reuters
A "fábrica de ferramentas" do período Mesolítico inclui 150 peças de sílex
Foto: AP
A descoberta aconteceu durante as escavações do projeto de trem de alta velocidade Crossrail, atualmente o maior plano de infraestrutura em execução na Europa
Foto: AP
A escavação descobriu vestígios que provam a existência de povoados humanos na margem sul do rio Tâmisa, em Londres, há 9 mil anos