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ONU pede altruísmo de líderes mundiais em negociação climática

9 out 2009 - 10h58
(atualizado às 11h56)
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Um novo trado climático global, mais abrangente e rígido que o atual, começou a tomar forma depois das negociações das duas últimas semanas em Bangcoc, mas os países precisam deixar seus interesses de lado para conseguir selar o acordo até dezembro, disse a ONU na sexta-feira. A entidade lembrou que os líderes globais só terão mais algumas semanas para demonstrar mais ambição na restrição às emissões de gases do efeito estufa.

"Todos os ingredientes para o sucesso estão sobre a mesa e o que devemos fazer agora é recuar do interesse próprio e permitir que o interesse comum prevaleça," disse a jornalistas Yvo de Boer, chefe do Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU. "É urgente que os governos superem as diferenças e elevem a ambição."

O evento de Bangcoc é a última grande sessão de negociações antes da reunião de 7 a 18 de dezembro em Copenhague, destinada a buscar um tratado que amplie ou substitua o Protocolo de Kyoto a partir de 2013. "Acho que o fim de jogo está à vista," disse um delegado de um país desenvolvido nos bastidores do evento. De acordo com ele, será possível obter um resultado substancial em Copenhague, mas só se o fôlego político for mantido.

"Os países que se mexerem cedo serão os que se sairão melhor, certamente é assim que um crescente número de países vê a questão," disse o delegado, que pediu anonimato. Representantes de cerca de 180 nações passaram as duas últimas semanas tentando esclarecer os termos e as opções de um texto-base para o novo acordo.

Houve progressos no que diz respeito a como ajudar os países mais pobres a se adaptarem à mudança climática, como transferir tecnologia "limpa" para esses países e como coletar e dividir verbas para questões climáticas. Mas ainda há um impasse sobre o volume de capital disponível para os países pobres e o tamanho dos compromissos que as nações industrializadas assumirão com relação às reduções nas suas emissões de gases do efeito estufa.

"No momento a bola está no campo dos países desenvolvidos, para deixar mais claro o que eles estão esperando do acordo (de Copenhague)", disse Michael Zammit Cutajar, que preside um dos principais grupos de negociações da ONU.

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