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ONU confirma que 2010 foi o ano mais quente de que há registro

20 jan 2011 - 10h22
(atualizado às 14h20)
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A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, informou nesta quinta-feira, em Genebra, na Suíça, que 2010 foi o ano mais quente desde que há registros. As estatísticas foram baseadas em dados fornecidos pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela Nasa - a agência espacial americana.

A tendência significativa de aquecimento da Terra a longo prazo contribuiu para um derretimento ainda maior do gelo no Oceano Ártico
A tendência significativa de aquecimento da Terra a longo prazo contribuiu para um derretimento ainda maior do gelo no Oceano Ártico
Foto: Getty Images

"O ano passado foi o mais quente registrado, junto com 2005 e 1998", afirma um comunicado da OMM, o que confirma as avaliações preliminares baseadas em um período de 10 meses e que foram apresentadas na reunião mundial sobre o clima de dezembro.

"Os dados de 2010 confirmam uma tendência significativa de aquecimento da Terra a longo prazo", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. Essa tendência também contribuiu para um derretimento ainda maior do gelo no Oceano Ártico, cujas geleiras caíram a níveis recorde em dezembro.

A extensão das geleiras foi de apenas 12 bilhões de km², o que representa 1,35 milhão de km² a menos do que a média observada entre os anos de 1979 e 2000. Entre as consequências desta redução, Jarraud mencionou o aumento do nível do mar, que causa erosão de regiões litorâneas e graves problemas nas ilhas habitadas, assim como a mistura da água salgada com fontes de água doce.

No período entre 2001 e 2010, as temperaturas globais tiveram um aumento médio de 0,45°C em relação à média do período entre 1961 e 1990, além de terem sido as temperaturas mais altas já registradas para um período de 10 anos desde que os registros começaram.

A OMM trabalha com uma margem de incerteza na diferença das temperaturas entre os anos. Mas a diferença entre 2010, 2005 e 1998 foi menor que essamargem. A avaliação se baseia em dados coletados em condições climáticas terrestres e estações de clima, navios, bóias e satélites.

Segundo a organização, não é possível manter o ceticismo "frente aos fatos" que corroboram com a mudança climática, um fenômeno que não pode ser explicado "sem levar em conta a atividade humana".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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