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Onda de ataques de ursos no Japão instiga autoridades

13 jun 2016 - 08h47
(atualizado às 11h18)
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As autoridades da Prefeitura de Akita, no norte do Japão, pediu a seus moradores que não adentrem muito em zonas florestosas por causa da incomum onda de ataques mortais de ursos negros, que deixou quatro vítimas em menos de três semanas.

Especialistas apontam que todos os ataques teriam sido cometidos pelo mesmo animal.
Especialistas apontam que todos os ataques teriam sido cometidos pelo mesmo animal.
Foto: Getty Images

As quatro mortes aparentemente causadas por estes animais desde 21 de maio supõem a metade de todos os casos deste tipo registrados na região entre 1979 e 2015, segundo informaram nesta segunda-feira os veículos de imprensa japoneses.

Na véspera, a polícia anunciou que encontrou o corpo de uma mulher de 74 anos com graves ferimentos aparentemente causados por urso em uma zona montanhosa da cidade de Kazuno, na antes citada Prefeitura.

O caso se soma aos de outros três homens que foram encontrados mortos em diferentes incidentes na mesma zona e em circunstâncias similares, o primeiro deles em 21 de maio.

Devido à proximidade no tempo dos incidentes e ao fato de que todos ocorreram na mesma zona, alguns especialistas apontam que todos os ataques teriam sido cometidos pelo mesmo animal.

"Após ter provado a carne humana pela primeira vez, o urso pode ter aprendido que é um potencial alimento", considerou o veterinário e assessor do governo regional Takeshi Komatsu, em entrevista à agência local "Kyodo".

Todas as vítimas estavam em zonas florestosas para buscar brotos de bambu -que fazem parte da dieta deste animal- e outras plantas comestíveis, o que levou às autoridades locais a recomendar aos cidadãos que evitem estas áreas onde habitam estes plantígrados.

Além disso, foram instaladas armadilhas para ursos nas zonas florestosas próximas a áreas urbanas por causa do aumento de aparições destes animais nas mesmas, até alcançar os 1.200 casos neste ano.

A maior presença de ursos negros se deve às migrações de ursos e filhotes na busca de alimentos após a superabundância de mastro da faia e outros frutos que típicos da primavera, explicou Kazuhiko Maita, diretor do instituto de Pesquisa e Proteção do Urso Asiático.

O especialista afirmou em declarações ao jornal "Yomiuri" que o maior risco de ser atacado por ursos negros adultos -que podem superar os 1,5 metros de comprimento- se dá entre verão e outono, e advertiu que estes animais são especialmente agressivos na presença de seus filhotes.

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EFE   
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