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Obama busca consolidar legado contra mudança climática em cúpula de Paris

28 nov 2015 - 15h11
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, buscará na Cúpula do Clima de Paris consolidar seu legado contra a mudança climática, uma questão que transformou em uma prioridade de seu segundo mandato, apesar da oposição dos republicanos.

Obama partirá amanhã, domingo, rumo a Paris para participar na segunda e na terça-feira na 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que acontecerá até o dia 11 de dezembro na capital francesa.

Segundo antecipou a Casa Branca, Obama terá reuniões na segunda com o presidente da China, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para dar "impulso" às negociações da COP21 e favorecer um "ambicioso acordo" que freie o aquecimento global.

O propósito das reuniões de Obama com Xi e Modi é garantir que se está na mesma linha em relação à cúpula, como comentou esta semana em uma conferência telefônica Paul Bodnar, diretor para Energia e Mudança Climática do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Bodnar disse que o acordo alcançado entre Obama e Xi há um ano em Pequim marcou o início de uma "nova era na diplomacia sobre o clima" e acrescentou que, seguindo o exemplo dos EUA, outros 170 países apresentaram compromissos específicos contra o aquecimento global.

A meta fixada pelo governo de Obama consiste em que os EUA reduzirão até 2025 suas emissões de gases do efeito estufa entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005.

Na terça-feira, antes de retornar a Washington, Obama se reunirá com líderes da Aliança de Pequenos Estados Insulanos (Aosis), países para os quais a mudança climática é "um desafio existencial", nas palavras do assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes.

Obama fez da luta contra a mudança climática uma prioridade de seu segundo mandato e recentemente, ao antecipar sua participação na cúpula de Paris, insistiu que é preciso atuar "aqui e agora" para conter o aquecimento global.

Nenhuma nação "é imune" à mudança climática, segundo Obama, que criticou reiteradamente os políticos republicanos que questionam inclusive a existência do aquecimento global.

Neste mesmo mês o presidente anunciou sua rejeição à construção do polêmico oleoduto Keystone, projetado para transportar petróleo do Canadá até o estado do Texas, e argumentou que esse projeto "teria solapado a liderança" em nível mundial dos EUA na luta contra a mudança climática.

Além disso, no último mês de agosto, Obama apresentou um plano que procura que os EUA reduzam até 2030 em 32% as emissões de carbono das centrais termoelétricas em relação aos níveis de 2005, mas uma coalizão de 24 estados, em sua maioria muito dependentes da indústria do carvão, está tentando bloqueá-lo nos tribunais.

Por sua vez, a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, prevê votar na próxima semana, em coincidência com as negociações de Paris, várias medidas contrárias ao plano de Obama sobre as emissões das termoelétricas.

Os republicanos também estão tentando bloquear no Congresso os US$ 3 bilhões prometidos por Obama para o Fundo Verde para o Clima (GCF).

Por outro lado, em relação aos recentes atentados terroristas de Paris, que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos, Rhodes antecipou que Obama aproveitará sua estadia na capital francesa para "prestar uma homenagem" a seus moradores.

A realização da COP21 é "um claro sinal de força e resistência" perante os terroristas, segundo Rhodes, que assegurou que Obama transmitirá essa mesma mensagem em Paris.

EFE   
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