Programa tenta evitar extinção de espécies 'feias' ameaçadas
21 nov2012 - 07h25
(atualizado às 11h48)
Compartilhar
Animais que costumam alcançar fama mundial por estarem ameaçados, como pandas, gorilas, tigres e elefantes, tendem a ser esteticamente agradáveis, e até mesmo provocar suspiros. Eles acabam sendo privilegiados na alocação de verbas de programas para garantir a manutenção de suas espécies evitando a extinção.
Mas os cientistas que estudam os animais mais raros do planeta dizem que muitas das criaturas preciosas e ameaçadas têm características físicas que, embora talvez não sejam tão adoráveis, os fazem ser únicos.
Pesquisadores do programa de Espécies de Evolução Distinta e Globalmente Ameaçadas (Edge, na sigla em inglês) da Sociedade Zoológica de Londres pretendem aumentar a conscientização sobre esses animais que também correm risco de extinção.
As pessoas estão acostumadas a receber pedidos para ajudar a salvar animais simpáticos como pandas. Mas o que acontece com a preservação daqueles com aparência mais estranha? Um projeto organizado pela Sociedade Zoológica de Londres pretende chamar atenção para criaturas menos apreciadas
Foto: BBC Brasil
Pangolins são os únicos mamíferos cobertos por escamas. Feitas de queratina, como chifre de rinoceronte ou unhas humanas, as escamas cobrem o corpo do animal de maneira sobreposta
Foto: BBC Brasil
O animal acima é uma equinídia, um dos três mamíferos que põe ovos. Ele faz parte dos chamados monotremados - um grupo que inclui o ornitorrinco. Com nariz comprido e garras afiadas, é o mais antigo mamífero do mundo
Foto: BBC Brasil
Outro mamífero dono de um grande nariz e que não faz parte de muitas campanhas de preservação é o golfinho do rio Ganges. Com um bico longo, dentes grandes e visíveis, ele é um golfinho de água doce, assim como o boto cor-de-rosa, natural da Amazônia
Foto: BBC Brasil
A salamandra gigante chinesa é a maior espécie de salamandras do mundo. Ela pode atingir até 1,8 m de comprimento. Já foi muito comum em toda a China, mas tem diminuído muito ao longo dos últimos 30 anos, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza
Foto: BBC Brasil
Somente nos anos 1970 o sapo parteiro de Maiorca foi descoberto e apenas a partir de seus restos fossilizados. O animal foi avistado vivo alguns anos depois, o que desencadeou um programa de reprodução em cativeiro