Telescópios da América do Sul revelam segredos de planeta-anão
Telescópios da América do Sul revelam segredos de planeta-anão
21 nov2012 - 16h08
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Observações feitas por diversos observatórios na América do Sul - inclusive do Pico dos Dias, em Minas Gerais - levaram à descoberta de novos dados sobre o planeta-anão Makemake. Os astrônomos aproveitaram que o objeto passou em frente a uma estrela distante (fenômeno conhecido como "ocultação estelar") para descobrir novos detalhes. O estudo indica, por exemplo, que, diferentemente do que se pensava, Makemake não tem uma atmosfera significativa, ao contrário de seu "primo" Plutão. A pesquisa foi divulgada em artigo na revista especializada Nature.
Makemake tem cerca de dois terços do tamanho do planeta-anão mais conhecido do Sistema Solar - Plutão - e está mais próximo do Sol que seu "primo" de maior massa: Éris. Observações anteriores indicaram que ele é parecido com os demais planetas-anões, o que levou os pesquisadores a acreditar que tinha uma atmosfera semelhante à de Plutão. Contudo, estudos sobre esse corpo são difíceis, já que ele está muito longe da Terra e não tem luas.
Uma equipe de astrônomos liderada por José Luis Ortiz, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, na Espanha, combinou observações de telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), do Pico dos Dias e de outros locais da América do Sul quando o planeta-anão passava em frente a uma estrela.
"Quando Makemake passou em frente à estrela, a radiação emitida por esta foi bloqueada. A estrela desapareceu e apareceu muito abruptamente, em vez de desaparecer lentamente e depois ficar gradualmente mais brilhante. Isto significa que o pequeno planeta-anão não tem uma atmosfera significativa", diz Ortiz. "Pensava-se que Makemake tivesse desenvolvido uma atmosfera. O fato de não haver sinais de uma mostra apenas o quanto temos ainda a aprender sobre estes corpos misteriosos. Descobrir as propriedades de Makemake pela primeira vez é um grande passo em frente no estudo deste grupo seleto de planetas-anões gélidos."
As novas observações ainda determinam seu tamanho de forma mais precisa, estimam a densidade do planeta-anão pela primeira vez e mediram a quantidade de luz solar refletida por ele. Makemake é um esferoide oblongo - uma esfera ligeiramente achatada em ambos os pólos -, com densidade de 1,7 g/cm³ (dentro do esperado para um corpo desse tamanho e massa) e albedo de 0,77 (maior que o de Plutão, mas menor que o de Éris). Um albedo de 1 significa um corpo que reflete perfeitamente a luz, e 0, uma superfície negra, que não reflete nada.
Registro das antenas do Alma mostram uma espiral ao redor da gigante vermelha R Sculptoris. Essa estrutura nunca havia sido registrada. Ao redor dela, é possível ver uma concha (que aparece na imagem como um anel) de poeira é gás. Leia mais
Foto: Alma (ESO/NAOJ/NRAO) / Divulgação
Imagem da nebulosa Elmo de Thor foi observada com o VLT no 50º aniversário do ESO. Leia mais
Foto: ESO / Divulgação
O registro do Chandra (em rosa, no centro da nebulosa) é combinado a uma observação de um telescópio óptico. Leia mais
Foto: Nasa / Divulgação
Ilustração mostra o interior do planeta 55 Cancri, que seria composto por grafite e diamanteLeia mais
Foto: Reuters
Concepção artística mostra planeta em sistema com quatro estrelas. É o primeiro planeta desse tipo conhecido e, curiosamente, foi descoberto por astrônomos amadoresLeia mais
Foto: Haven Giguere/Yale/Nasa / Divulgação
Concepção artística mostra o planeta recém-descoberto orbitando as estrelas Alfa Centauri B (mais próxima) e A, no sistema estelar mais próximo da Terra. Leia mais
Foto: ESO/L. Calçada / Divulgação
Astrônomo amador registra suposto óvni nos EUA. Leia mais
Foto: Reprodução
Dragon pousa no Oceano Pacífico após sua primeira missão de levar carga à ISS. Leia mais
Foto: Reuters
Lua Mimas aparece como um pequeno ponto branco no alto de imagem feita pela sonda Cassini. Leia mais
Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute / Divulgação
Uma equipe internacional de astrônomos criou um catálogo de mais de 84 milhões de estrelas situadas nas partes centrais da Via Láctea. Esta base de dados contém dez vezes mais estrelas que estudos anteriores. A imagem acima foi obtida com o telescópio de rastreio Vista, instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, e tem 108,2 mil por 81,5 mil pixels, num total de quase 9 bilhões de pixels. Ela foi criada ao combinar milhares de imagens individuais do telescópio
Foto: ESO/VVV Consortium / Divulgação
A maioria das galáxias espirais, incluindo a Via Láctea, possui uma grande concentração de estrelas velhas que rodeiam o centro, zona a que os astrônomos chamam de bojo
Foto: ESO/Nick Risinger / Divulgação
Esta imagem compara o mosaico infravermelho obtido pelo Vista com um mosaico visível da mesma região obtido com um telescópio pequeno. Como o Vista tem uma câmera sensível à radiação infravermelha, consegue ver através da maior parte da poeira que obscurece a visão, fornecendo uma vista desimpedida das estrelas que se situam nas regiões centrais da Via Láctea
Foto: ESO/Nick Risinger / Divulgação
Esta visão em infravermelho mostra diversas nebulosas e aglomerados. Na imagem, podem ser vistas a Messier 8 (conhecida como a Nebulosa da Lagoa), a Messier 20 (a Nebulosa Trífida), NGC 6357 (Nebulosa Guerra e Paz) e NGC 6334 (Pata de Gato). Os demais objetos marcados são aglomerados globulares
Foto: ESO/VVV Consortium / Divulgação
Nave Soyuz TMA-06M com tripulação da Estação Espacial Internacional, o astronauta Kevin Ford (EUA), os cosmonautas Oleg Novitskiy e Evgeny Tarelkin (Rússia), é lançada do cosmódromo de Baikonur
Foto: Reuters
Tripulação da nave Soyuz TMA-06M conversou com os familiares por telefone após chegar à ISS