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Cientistas descobrem expectativa de vida de aves pelo DNA

19 nov 2012 - 22h43
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Pesquisadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, descobriram a expectativa de vida de animais ao analisar os telômeros - as "pontas" do DNA - de cada um. Os cientistas analisaram o código genético de 320 pássaros em uma pequena e isolada ilha durante 20 anos. O estudo foi divulgado na revista Molecular Ecology nesta segunda-feira.

O procedimento foi um sucesso e as bebês Kerolyn e Kauany Ribeiro do Amaral, 9 meses de idade, estão estáveis no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico. A mãe Adriana Ribeiro, 31 anos, e o pai Juliano do Amaral e Silva, 23 anos, residem em Marau e durante a entrevista coletiva expressaram alegria e alívio pelo sucesso da cirurgia de separação das filhas
O procedimento foi um sucesso e as bebês Kerolyn e Kauany Ribeiro do Amaral, 9 meses de idade, estão estáveis no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico. A mãe Adriana Ribeiro, 31 anos, e o pai Juliano do Amaral e Silva, 23 anos, residem em Marau e durante a entrevista coletiva expressaram alegria e alívio pelo sucesso da cirurgia de separação das filhas
Foto: Ender Machado Monteiro/Assessoria de Comunicação HSVP / Divulgação

O estudo indica que indivíduos diferem radicalmente em o quão rapidamente seus telômeros se encurtam com a idade. Segundo os pesquisadores, o tamanho dessas estruturas é um melhor indicador de expectativa de vida que a própria idade e poderá, no futuro, ser um indicador da idade biológica.

Os telômeros ficam na extremidade do DNA e evitam que o fim do cromossomo se degenere - como a ponta de plástico de um cadarço. Ao longo do tempo, essas estruturas ficam desgastadas e diminuem. Quando chegam a um tamanho crítico, elas fazem com que a célula pare de funcionar e morra. Esse mecanismo serve para evitar que a célula se replique fora de controle - ou seja, se transforme em câncer. Por outro lado, ele nos leva ao envelhecimento.

Os cientistas analisaram pássaros da ilha Cousin, nas Seychelles, e coletaram amostras de sangue duas vezes ao ano. O local foi considerado ideal, já que os pássaros estavam isolados na ilha e não sofriam com predadores. No caso de humanos, o estudo seria quase impossível, já que o tempo de vida da nossa espécie é muito longo e, em caso de doença, ocorreria intervenção médica, o que atrapalharia.

Os pesquisadores descobriram que, em qualquer idade, o encurtamento rápido dos telômeros indicava que a ave morreria em menos de um ano. O contrário também é verdadeiro: indivíduos com longos telômeros viviam mais.

Segundo o estudo, o encurtamento dos telômeros ocorre naturalmente conforme envelhecemos. Contudo, a taxa com que isso ocorre difere de indivíduo para indivíduo devido ao estresse biológico causado pelos desafios e esforços acumulados ao longo da vida, além dos hábitos de saúde.

"Nós descobrimos que os telômeros refletem a história de estresse oxidativo que ocorre durante a vida. Quanto mais saudável você é, ou foi, melhores telômeros você terá. (...) Todo esse estresse danifica nossos corpos. Você escuta pessoas dizendo 'ó, eles parecem ter tido uma vida dura'. Esse é o motivo. Um telômero encurtado mostra um acúmulo de dano que a vida fez em você", diz David S. Richardson, líder do estudo.

Fonte: Terra
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