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Em simulação de cirurgia, gamers vão melhor que residentes

19 nov 2012 - 21h04
(atualizado às 21h23)
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Um estudo da Universidade do Texas em Galveston, nos Estados Unidos, indica que as horas gastadas com videogame por alguns jovens garantiu certas capacidades motoras importantes para modernas técnicas de cirurgia com uso de robôs. Em um experimento, jovens que gastam horas todos os dias com jogos virtuais tiveram melhor desempenho em simulações de cirurgia do que residentes no hospital da universidade. O estudo foi divulgado na quinta-feira em um congresso nos EUA.

O procedimento foi um sucesso e as bebês Kerolyn e Kauany Ribeiro do Amaral, 9 meses de idade, estão estáveis no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico. A mãe Adriana Ribeiro, 31 anos, e o pai Juliano do Amaral e Silva, 23 anos, residem em Marau e durante a entrevista coletiva expressaram alegria e alívio pelo sucesso da cirurgia de separação das filhas
O procedimento foi um sucesso e as bebês Kerolyn e Kauany Ribeiro do Amaral, 9 meses de idade, estão estáveis no Centro de Terapia Intensiva Pediátrico. A mãe Adriana Ribeiro, 31 anos, e o pai Juliano do Amaral e Silva, 23 anos, residem em Marau e durante a entrevista coletiva expressaram alegria e alívio pelo sucesso da cirurgia de separação das filhas
Foto: Ender Machado Monteiro/Assessoria de Comunicação HSVP / Divulgação

Participaram do experimento nove estudantes do segundo ano da universidade e nove alunos do ensino médio - os primeiros gastam em média duas horas diárias com videogames e os segundos, quatro -, além de 11 residentes. Os grupos tinham em média 21, 16 e 31 anos, respectivamente. Os cientistas avaliaram dados como quanta tensão os participantes colocavam nos instrumentos, a precisão da coordenação entre a visão e as mãos e a estabilidade ao realizar procedimentos como sutura ou levantar instrumentos com braços robóticos.

"A inspiração para este estudo surgiu quando eu vi meu filho, um ávido jogador de videogame, pegar os controles de um simulador robótico de cirurgia em uma convenção médica", diz Sami Kilic, líder do estudo. "Sem treinamento formal, ele imediatamente teve facilidade com a tecnologia e os tipos de movimentos requeridos para operar o robô."

Foram avaliados 20 diferentes parâmetros de habilidades em 32 passos, todos com auxílio do robô cirurgião virtual - uma máquina que lembra um videogame e simula o funcionamento de um robô cirurgião real. Os melhores no estudo foram os estudantes de segundo grau, seguidos pelos universitários e, por último, ficaram os residentes - com pequena diferença entre os três grupos.

Em um segundo momento, o experimento foi repetido, mas em uma simulação sem robô cirurgião e os residentes tiveram um resultado bem melhor que os demais. A pesquisa, afirmam os cientistas, indica que as faculdades terão que se adaptar para uma nova geração de estudantes mais preparados para instrumentos modernos de cirurgia.

Fonte: Terra
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