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Cápsula Dragon pousa sem problemas no Pacífico

28 out 2012 - 17h33
(atualizado em 29/10/2012 às 08h11)
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A cápsula não-tripulada Dragon da empresa americana SpaceX pousou sem problemas este domingo no Pacífico, na costa da Califórnia (oeste), encerrando a primeira missão comercial de fornecimento de carga ao posto avançado orbital, confirmou a SpaceX.

Dragon pousou no Oceano Pacífico às 19h22 GMT (17h22 de Brasília)
Dragon pousou no Oceano Pacífico às 19h22 GMT (17h22 de Brasília)
Foto: Reuters

A Dragon tocou a água às 19h22 GMT (17h22 de Brasília), indicou a empresa em um breve comunicado em seu site, e trouxe da Estação Espacial Internacional (ISS) material de laboratório, encerrando a sua primeira missão de abastecimento no espaço.

O braço mecânico da ISS havia liberado a cápsula às 13h29 GMT (11h29 Brasília), ao final de uma missão de 18 dias cujo principal objetivo foi levar suprimentos à Estação Espacial. A cápsula da SpaceX, a única na atualidade capaz de regressar à Terra com carga, entregou cerca de 450 kg de equipamentos na Estação Espacial e regressou à Terra com 758 kg, incluindo elementos informáticos e material de experiências.

O centro da Nasa em Houston, Texas, controlou as manobras de retorno da Dragon, uma nave de seis toneladas, mas foi a SpaceX, com sede em Hawthorne, Califórnia, que fez a operação de reentrada na atmosfera, com o auxílio da agência espacial americana e de outras organizações. Esta primeira missão para a plataforma orbital realizada por uma empresa privada faz parte de um contrato de 1,6 bilhão de dólares com a Nasa, pelo qual a SpaceX realizará doze viagens de abastecimento à ISS em quatro anos, para transportar pelo menos 20 t de carga no total.

A Expedição 33 na ISS é integrada por dois norte-americanos - entre eles uma mulher, Sunita Williams, comandante a bordo - um japonês e três russos. A Nasa aposta que a SpaceX e outras empresas privadas assumam o papel dos ônibus espaciais, aposentados em julho de 2011, para o abastecimento da ISS e para o transporte de astronautas, em 2015.

No momento, os Estados Unidos dependem dos Soyuz russos para transferir seus astronautas à ISS, a 63 milhões de dólares a passagem.Para a carga, os Estados Unidos utilizam naves automáticas europeias ATV, japonesas HTV e russas Progress, mas estas apenas podem levar carregamentos à ISS, e não trazê-los de volta, já que são destruídas ao reentrar na atmosfera.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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