Rastro do cometa Halley cria chuva de meteoros na madrugada
20 out2012 - 17h38
(atualizado às 21h40)
Compartilhar
Como ocorre nessa época do ano, a Terra passa pelo rastro de um cometa. Os detritos, ao entraram na atmosfera do planeta, causam um espetáculo à parte - a chuva de meteoros oriónidas, que tem seu momento de maior intensidade na madrugada de domingo.
"O pico ocorrerá de sábado para domingo (...) uma coisa interessante é que o cometa cujo rastro causa esse fenômeno é o Halley", afirma o astrônomo Bruno Mendonça, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro. O astrônomo diz, contudo, que a chuva deste ano não deve saltar aos olhos - a Nasa afirma que, normalmente, a oriónidas tem cerca de 20 meteoros por hora.
O cometa Halley passa próximo à Terra a cada 76 anos e, durante essa passagem, deixa um rastro de detritos. O nosso planeta atravessa esse rastro duas vezes por ano, e quando os detritos atingem a atmosfera eles queimam e causam a chuva de meteoros. As duas chuvas causadas pelo Halley são chamadas de aquáridas (que ocorre em abril e maio) e de oriónidas.
Mendonça explica que esses fenômenos ocorrem todos os anos e, de tempos em tempos (geralmente, de décadas em décadas) passam por uma chuva de maior intensidade, com frequência de vários meteoros por minuto. Mas não é o caso desta oriónidas.
Quem quiser ver o espetáculo, deverá olhar para a constelação de Órion (as famosas "Três Marias" - as estrelas Mintaka, Alnilan e Alnitaka - ficam no centro da constelação) na madrugada. É possível ver a chuva em grandes e iluminadas cidades, mas em locais com pouca iluminação fica mais fácil ver as estrelas cadentes menos intensas.
Em 15 de outubro de 1997, a sonda Cassini era lançada da Terra rumo a Saturno, meta que atingiria em 2004. Desde sua chegada, a nave mandou 444 gigabytes de dados, inclusive mais de 300 mil imagens. Este mosaico, por exemplo, mostra o planeta e seus anéis contra a luz do Sol. Ele combina 165 fotografias. Veja a seguir algumas das melhores imagens que a sonda fez
Foto: Nasa / Divulgação
A atmosfera púrpura de Titã é registrada no primeiro sobrevoo da Cassini sobre esta lua - a maior de Saturno e segunda do Sistema Solar - ela é maior até que o planeta Mercúrio
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra as sombras dos anéis em Saturno. As cores do norte do planeta, que vão de azul a dourado, são um mistério para os cientistas, que hoje acreditam que elas estejam relacionadas com mudanças sazonais no hemisfério
Foto: Nasa / Divulgação
Este mosaico em cores naturais mostra um retrato de Saturno
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem da lua Hipérion tem cores falsas - naturalmente, o satélite é avermelhado - para destacar componentes da superfície. A mudança de cor tem como objetivo tornar mais fáceis de serem vistas as variações de tonalidade da lua
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra perturbações no anel F de Saturno causadas por pequenas luas (o planeta tem mais de 50 satélites naturais conhecidos)
Foto: Nasa / Divulgação
Este registro mostra as cicatrizes na superfície da lua gelada Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Atrás dos anéis, aparece a grande lua Titã em um luminoso crescente. No canto do gigante satélite natural, aparece a pequena Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Chama a atenção em Encélado os gêiseres na sua superfície. Os cientistas estudam essas estruturas e afirmam que eles ejetam partículas de gelo, vapor de água e componentes orgânicos. Esta lua é um dos corpos do Sistema Solar candidato a abrigar vida. Os pesquisadores acreditam que os gêiseres indicam a presença de um oceano subterrâneo em Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Estes dois registros mostram a mais longa tempestade elétrica conhecida de Saturno. As imagens têm três meses de diferença entre elas. Ela foi registrada pela primeira vez em 2007 por causa de seus raios e pesquisadores acreditam que ela atravessa o planeta verticalmente até a atmosfera mais baixa