Satélite da ESA estudará planetas de outras estrelas
19 out2012 - 16h22
(atualizado às 16h52)
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A Agência Espacial Europeia (ESA) decidiu iniciar um programa de pesquisa que tem como objetivo construir um pequeno satélite cuja missão será estudar planetas de outras estrelas para poder compreender sua formação, especialmente a dos que têm tamanhos muito superiores ao da Terra.
O Cheops - sigla em inglês para Satélite de Caracterização de Exoplanetas e, curiosamente, o mesmo nome da pirâmide de Quéops -, deveria ser lançado em 2017, informou nesta sexta-feira em comunicado a ESA, que optou em março pelo programa, dentro das 26 propostas que havia recebido para inaugurar a lista de suas missões de pequeno porte.
Seu alvo serão estrelas próximas e brilhantes que têm planetas girando em sua órbita, nas quais se pretende buscar sinais que revelem a trajetória desses planetas para que quando o Cheops estiver diante deles tome medidas precisas, por exemplo, de seu raio.
Nos planetas de que se sabe a massa se poderá calcular sua densidade, o que oferecerá indicações de sua composição. Com todos esses dados, os cientistas esperam avançar na análise de como se formaram os planetas várias vezes maiores que o nosso, que a ESA chama de "super-Terras".
O diretor da exploração científica e robótica da ESA, Álvaro Giménez Cañete, destacou que ao se concentrar em estrelas com exoplanetas, "'Cheops' permitirá aos cientistas realizar estudos comparativos de planetas (...) com uma precisão que não se tem do solo".
Sua missão é produto de um acordo entre a ESA e a Suíça, um país ao qual se somarão outros da organização que darão "contribuições substanciais". Trata-se da primeira das chamadas "pequenas missões" que serão caracterizadas pelo "baixo custo" e com um desenvolvimento rápido para permitir uma maior flexibilidade em resposta às novas ideias que chegam da comunidade científica.
Em 15 de outubro de 1997, a sonda Cassini era lançada da Terra rumo a Saturno, meta que atingiria em 2004. Desde sua chegada, a nave mandou 444 gigabytes de dados, inclusive mais de 300 mil imagens. Este mosaico, por exemplo, mostra o planeta e seus anéis contra a luz do Sol. Ele combina 165 fotografias. Veja a seguir algumas das melhores imagens que a sonda fez
Foto: Nasa / Divulgação
A atmosfera púrpura de Titã é registrada no primeiro sobrevoo da Cassini sobre esta lua - a maior de Saturno e segunda do Sistema Solar - ela é maior até que o planeta Mercúrio
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra as sombras dos anéis em Saturno. As cores do norte do planeta, que vão de azul a dourado, são um mistério para os cientistas, que hoje acreditam que elas estejam relacionadas com mudanças sazonais no hemisfério
Foto: Nasa / Divulgação
Este mosaico em cores naturais mostra um retrato de Saturno
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem da lua Hipérion tem cores falsas - naturalmente, o satélite é avermelhado - para destacar componentes da superfície. A mudança de cor tem como objetivo tornar mais fáceis de serem vistas as variações de tonalidade da lua
Foto: Nasa / Divulgação
Esta imagem mostra perturbações no anel F de Saturno causadas por pequenas luas (o planeta tem mais de 50 satélites naturais conhecidos)
Foto: Nasa / Divulgação
Este registro mostra as cicatrizes na superfície da lua gelada Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Atrás dos anéis, aparece a grande lua Titã em um luminoso crescente. No canto do gigante satélite natural, aparece a pequena Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Chama a atenção em Encélado os gêiseres na sua superfície. Os cientistas estudam essas estruturas e afirmam que eles ejetam partículas de gelo, vapor de água e componentes orgânicos. Esta lua é um dos corpos do Sistema Solar candidato a abrigar vida. Os pesquisadores acreditam que os gêiseres indicam a presença de um oceano subterrâneo em Encélado
Foto: Nasa / Divulgação
Estes dois registros mostram a mais longa tempestade elétrica conhecida de Saturno. As imagens têm três meses de diferença entre elas. Ela foi registrada pela primeira vez em 2007 por causa de seus raios e pesquisadores acreditam que ela atravessa o planeta verticalmente até a atmosfera mais baixa