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Morre bombeiro checo que viveu mais de 6 meses sem coração

17 out 2012 - 08h34
(atualizado às 11h06)
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O bombeiro checo Jakub Halik, que sobreviveu 194 dias sem coração, substituído por duas bombas cardíacas, morreu no último domingo após passar por complicações hepática e renal, informou nesta quarta-feira o Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga.

Jakub Halik, 37 anos, participou em agosto da conferência do Instituto de Medicina Clínica e Experimental, em Praga
Jakub Halik, 37 anos, participou em agosto da conferência do Instituto de Medicina Clínica e Experimental, em Praga
Foto: Reuters

"O senhor Halik se encontrava na lista de espera para receber um transplante, fizemos tudo o que era possível para que a operação tivesse ocorrido. Mas, infelizmente, ele não chegou a ter um novo coração", assinalou em comunicado Jan Pirk, chefe do Departamento Cardíaco do hospital.

Pirk explicou que o estado de saúde de Halik tinha piorado muito nos últimos dias e seus rins e fígado já estavam comprometidos. "Seu corpo não foi capaz de superar esta carga", lamentou.

O cardiologista, que adquiriu grande notoriedade devido à operação - a implantação de duas bombas Heartmate II para bombear o sangue, uma aos pulmões e a outra ao resto do corpo -, reconheceu desconhecer a causa da morte do paciente, de 37 anos.

"Vamos divulgar a causa exata em duas semanas, após os exames histológicos, mas já podemos dizer, com segurança, que não foi uma avaria das bombas cardíacas", anunciou.

Depois de ficar comprovado que não tinha metástases e que não possuía sequelas do sarcoma espinocelular que comprometeu seu coração, Halik entrou na lista de espera para receber um transplante de coração no final de agosto.

Desta forma, o paciente dava continuidade ao seu longo processo de recuperação, que foi iniciado ainda no dia 3 de abril, quando Halik teve seu coração retirado.

Durante esses meses e meio, o bombeiro checo foi o primeiro homem do mundo a sobreviver a este tipo de cirurgia, que já tinha sido tentada sem sucesso com um paciente americano.

EFE   
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