PUBLICIDADE

Vírus intestinais podem contribuir no progresso da aids, diz estudo

11 out 2012 - 14h16
Compartilhar

Danos na extensão gastrointestinal são comuns em humanos e macacos que possuem Aids. Isso acaba contribuindo para a ativação do sistema imunológico, na deficiência imunológica progressiva e, ultimamente, avança o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Para cientistas, ainda é um mistério a maneira com que esses estragos gástricos ocorrem, porém, pesquisadores encontraram novas dicas da presença de espécies de vírus patogênicos além das que causam a doença.

O estudo, publicado no jornal Cell, pode ajudar em oportunidades para explicar e eventualmente intervir nos processos que levam ao progresso da aids. Para investigar as causas de danos gastrointestinais em macacos e humanos portadores do vírus, pesquisadores usaram um método sequencial que permite que eles obtenham sequências genéticas bacteriana, viral e de outros organismos que residem na extensão gastrointestinal.

Usando essa técnica, cientistas examinaram as fezes de macacos com o vírus induzido da imunodeficiência símia (SIV) - equivalente símio do HIV - sem uma infecção desse vírus, e de macacos infectados com o vírus que não causa aids.

"Descobrimos que extensões gastrointestinais nos animais com aids continham um grande número de vírus desconhecidos, incluindo patogênicos, mas não vimos nenhuma mudança óbvia na bactéria. Isso significa que vírus antes desconhecidos podem contribuir para o progresso da aids em macacos", explica o coautor do estudo, Dan Barouch, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ainda não está claro por que macacos portadores de HIV apresentam mais vírus intestinais, mas isso pode estar relacionado com seu sistema imunológico comprometido.

Os pesquisadores também notaram que alguns vírus nas fezes dos macacos com aids foram encontrados circulando no sangue dos animais. Além disso, muitos desses vírus eram RNA, o que significa que seu material genético não é feito de DNA. "É a primeira vez que alguém identifica organismos tanto de DNA quanto de RNA nas fezes associadas a microorganismos que podem afetar a doença", afirmou o autor do estudo, Herbert Virgin, da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

Além de fornecer novas informações nos avanços da aids e como intervir para diminuir seu progresso, os resultados da pesquisa indicam que os vírus encontrados nos intestinos de pacientes com a doença podem indicar o quão progressiva a doença pode ser.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade