vc repórter: bezerro nasce com duas cabeças em Rondônia
27 set2012 - 18h36
(atualizado em 28/9/2012 às 16h43)
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O nascimento de um bezerro na quarta-feira, 26, movimentou Nova Brasilândia D'Oeste, cidade com cerca de 20 mil habitantes localizada em Rondônia. Após quatro horas de parto, o animal nasceu com duas cabeças por volta das 20h (horário de Brasília) e morreu na tarde desta quinta-feira.
O promotor de vendas de produtos veterinários Marcos Dias conta que o dono do animal, um de seus clientes, ligou para ele informando do nascimento do bezerro e avisando que o levaria para seus cuidados.
"Ele pensou que o bezerro já estivesse morto e me entregou para que eu decidisse o que fazer com o animal. Fiz de tudo para que ele sobrevivesse. Acredito que o certo era ter feito uma cirurgia porque parece que o corpo do bezerro não conseguia dominar suas cabeças devido ao peso", afirma Dias.
Segundo o promotor de vendas, é a primeira vez que um caso destes acontece na região e por isso inúmeros curiosos se reuniram para ver o animal. "No momento em que eu peguei o bezerro, no centro da cidade, muitas pessoas se aglomeraram e tiraram foto dele. Já vi nascer animais com cinco patas, mas com duas cabeças é a primeira vez que vejo aqui. Pensei que ele fosse aguentar mais tempo, mas infelizmente não deu", lamenta.
De acordo com o professor doutor Bruno Cogliati, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, esse tipo de anomalia não é comum e se trata de uma alteração genética que ocorre durante o desenvolvimento do embrião, herdada geneticamente ou induzida por fatores ambientais.
"De maneira geral é um processo pouco frequente que na maioria das vezes se dá por uma mutação que acontece durante uma das fases embrionárias promovendo essa alteração e resultando no nascimento de um 'monstro'", explica o professor.
Após o óbito, o bezerro foi encaminhado para a vigilância sanitária.
Os internautas Anderson Lins, de Rolim de Moura (RO), e Josimar Alves da Silva, de Nova Brasilândia D'Oeste (RO), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.
O nascimento no Pará dos gêmeos que dividem o mesmo corpo é mais um caso de malformação genética registrado na medicina. Confira a seguir fotos de outros casos e leia aqui sobre o motivo da deformidade e se é possível duas pessoas viverem grudadas
Foto: Reuters
Na imagem de 2009, os gêmeos siameses na Indonésia, que morreram cinco dias após o nascimento
Foto: AFP
Maria Teresa e Maria de Jesus Quiej-Alvarez são mostradas nesta foto tirada em 8 de junho de 2002 no Hospital Infantil Mettel, em Los Angeles, Califórnia. Com um ano de idade, as gêmeas siamesas da Guatemala foram separadas no dia 5 de agosto de 2002. A cirurgia rara e, por vezes, arriscada durou 22 horas e foi considerada um sucesso
Foto: Getty Images
O pai das siamesas, Wenceslao Quiej, é registrado com as filhas Maria de Jesus Quiej-Alvarez e Maria Teresa Quiej-Alvarez em 4 de agosto, em Westwood, Califórnia
Foto: AFP
Maria Teresa e Maria de Jesus estão juntas no hospital da Universidade da Califórnia, Los Angeles. As gêmeas siameses foram separadas em agosto de 2002
Foto: Getty Images
Os gêmeos siameses egípcios Ahmed e Mohamed Ibrahim, em Dallas, Texas, onde realizariam a cirurgia de separação que foi considerada um sucesso
Foto: Getty Images
As gêmeas siamesas Angélica e Angelina Sabuco (esq.) brincam durante uma conferência de imprensa do Hospital Infantil Lucile Packard, em Stanford, Califórnia, em 31 de outubro. As irmãs, de dois anos de idade, estão ligadas pelo tórax e abdômen
Foto: Getty Images
Com dois anos de idade, as gêmeas Angélica e Angelina Subaco, que estão ligadas pelo tórax e pelo abdômen, preparam-se para a cirurgia de separação em 31 de outubro de 2011. A operação ocorreu bem e logo após o procedimento os médicos falavam que as meninas teriam alta em poucas semanas
Foto: Getty Images
Os gêmeos siameses chineses em um hospital na China em 28 de fevereiro de 2005. Os meninos nasceram unidos pelo coração e fígado foram encontrados na rua após serem abandonados pela mãe
Foto: Getty Images
Gêmeos siameses são retratados na unidade de terapia intensiva neonatal em um hospital de Manila, nas Filipinas, em 29 de julho de 2009, um dia após o nascimento
Foto: AFP
Registro das gêmeas siameses marroquinas al-Safa (dir.) e al-Marwa(esq.) em 10 de julho de 2008. Elas foram separadas em uma cirurgia de 10 horas considerada um sucesso
Foto: AFP
As gêmeas siamesas Jessica e Victoria Rivero em junho de 2007 no Hospital de Clínicas Dr. Manuel Quintela, em Montevidéu. Elas nasceram em 26 de junho e tinha os corações unidos. Eles faleceram com apenas 2 meses
Foto: AFP
As gêmeas siamesas indianas Shaba (esq.) e Farha Ahamad posam para fotógrafos em sua casa em Patna, no dia 4 de agosto de 2005
Foto: AFP
Registro dos 10 dias de vida dos gêmeos siameses Zinzi e Zanele do Hospital Infantil da Cruz Vermelha em Cape Town, África do Sul, em 7 de dezembro de 2001. Os gêmeos eram unidos pela pélvis e compartilham um ânus, mas sobreviveram à cirurgia de separação
Foto: AFP
As gêmeas siamesas Ladan (dir.) e Laleh Bijani, 29 anos, falam durante entrevista à imprensa em 11 de junho de 2003, em Cingapura. As irmãs iranianas chegaram em 20 de novembro de 2002 à Cingapura para verificar se poderiam ser separadas cirurgicamente. As duas morreram durante a operação
Foto: Getty Images
Blanca e Rosa, nascidas em 4 de setembro de 2002, foram o segundo caso de gêmeos siameses registrado em Honduras. Elas morreram 21 dias após o parto
Foto: Getty Images
Imagem de maio de 2007 mostra os gêmeos nigerianos Goodness (esq.) e Mercy. No dia 21 de novembro do mesmo ano as crianças foram separadas com sucesso
Foto: AFP
Uma enfermeira iraquiana segura as gêmeas siameses de dois dias de vida em 28 janeiro de 2006, no Iraque