Estudo descobre halo de gás gigante ao redor de nossa galáxia
24 set2012 - 17h52
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Observações do telescópio Chandra - da Nasa (a agência espacial americana) -, do satélite japonês Suzaku e do observatório XMM-Newton - da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) - indicam que a Via Láctea está rodeada por um gigantesco halo de gás quente que teria massa comparável às de todas as estrelas de nossa galáxia somadas.
Em comunicado nesta segunda-feira, a Nasa afirma que se o tamanho e a massa do halo forem confirmados, ele poderia explicar o problema dos "bárions desaparecidos". Os bárions mais conhecidos são os prótons e os nêutrons (os elétrons, que também compõem os átomos, fazem parte do grupo dos léptons).
Essas partículas compõem mais de 99,9% da massa dos átomos no universo. Observações de galáxias e halos de gás muito distantes (e, portanto, que aparecem ainda jovens para nós) indicam que existiam os bárions nos primórdios do universo representavam uma parcela maior da massa do universo jovem. Ou seja, hoje, cerca de metade dessas partículas está "desaparecida".
O novo estudo indica que as partículas desaparecidas podem estar nesse halo. Segundo a pesquisa, o objeto tem oito fontes brilhantes de raios-x a centenas de milhões de anos-luz de distância da Terra. Essas fontes têm temperatura entre cerca de 1 milhão e 2,5 milhão de °C - centenas de vezes mais quente que a superfície do Sol.
Os pesquisadores estimam que a massa desse gás é equivalente a 10 bilhões de vezes a do Sol, talvez até 60 bilhões de vezes. Eles acreditam ainda que ele pode ter "algumas centenas de milhares de anos-luz". A densidade é tão baixa que halos parecidos em outras galáxias podem ter escapado do registro dos pesquisadores.
O fotógrafo Martin Pugh, que mora na Austrália, ganhou pela segunda vez o prêmio principal da competição de fotografia astronômica do Observatório Real britânico. A obra, que mostra a Galáxia do Rodamoinho (M51) em detalhes, será exposta no Observatório Real, em Greenwich, Londres, a partir de 20 de setembro
Foto: Martin Pugh / BBC Brasil
Na categoria "fotografia jovem", o adolescente Laurent V. Joli-Coeur, de 15 anos, montou este belo mosaico da superfície lunar a partir de diversas imagens de alta resolução tiradas durante o dia. O tom azulado é o reflexo da luz azul da atmosfera terrestre
Foto: Laurent V. Joli-Coeur / BBC Brasil
O norueguês Arild Heitmann ficou com a segunda colocação na categoria "Terra e Espaço" em um concurso de fotografia espacial por sua imagem Mundo Verde. A aurora boreal, fotografada em Nordland Fylke, na Noruega, é provocada por mudanças no campo magnético terrestre. Leia mais
Foto: Arild Heitmann / BBC Brasil
Na categoria "Melhor estreante", o vencedor foi o húngaro Lóránd Fényes, que capturou a Nebulosa Tromba do Elefante. A foto mostra uma das pontas curvada em volta da radiação produzida por novas estrelas. A imagem foi considerada muito difícil e detalhista
Foto: Lóránd Fényes / BBC Brasil
Essa sequência de fotografias de Marte, ao longo do mês de março de 2012, garantiu a Damian Peach, da Grã-Bretanha, o segundo prêmio na categoria "Nosso Sistema Solar". É possível ver o polo norte congelado e vários detalhes do solo marciano
Foto: Damian Peach / BBC Brasil
Nesta imagem de Rogelio Bernal Andreo, dos Estados Unidos, pode-se ver os escombros da supernova Simeis 147 se espalhando pelo espaço, 40 mil anos depois de sua explosão. A foto ficou com o segundo lugar na categoria "Espaço Profundo"
Foto: Rogelio Bernal Andreo / BBC Brasil
Estes incríveis detalhes da Lua foram capturados pelo adolescente Jacob Marchio. Na parte inferior da foto, o jovem astrofotógrafo mostrou a linha que separa as partes do dia e da noite na Lua
Foto: Jacob Marchio / BBC Brasil
O indiano Jathin Premjith, de 15 anos, capturou a sua Chuva Celestial mostrando não apenas a beleza da Aurora Boreal nas proximidades do Círculo Polar Ártico, como a constelação de Orion, entre outros detalhes do céu
Foto: Jathin Premjith / BBC Brasil
Uma excursão do turco Tunç Tezel às montanhas do Parque Nacional de Uludag, perto de Bursa, rendeu esta bela imagem da Via Láctea. Debaixo do céu majestoso, brilham cidades e povoados da região
Foto: Tunç Tezel / BBC Brasil
Na categoria Terra e Espaço, o vencedor foi Masahiro Miyasaka, que capturou as constelações de Orion, Touro e Plêiades nesta foto tirada de Nagano, no Japão. Em primeiro plano, a bela paisagem congelada compõe a cena com as estrelas azuis ao fundo
Foto: Masahiro Miyasaka / BBC Brasil
Esta imagem de longa exposição de Michael A. Rosinski, dos Estados Unidos, contrasta os arcos formados pelas estrelas com o caótico voo de vagalumes, mais abaixo. A foto foi tirada em Michigan e mostra de uma só vez a luz das estrelas, da cidade e de vagalumes
Foto: Michael A. Rosinski / BBC Brasil
Selecionado duas vezes para a categoria "Espaço Profundo", nesta imagem, o fotógrafo Robert Franke, dos Estados Unidos, capturou a constelação de Perseu, a quase 250 milhões de anos-luz da Terra. Cada mancha iluminada desta foto contém milhões ou bilhões de estrelas
Foto: Robert Franke / BBC Brasil
Na categoria Nosso Sistema Solar, o vencedor foi o britânico Chris Warren, com esta imagem de Vênus, que passou entre o Sol e a Terra. O evento foi considerado o mais importante do ano pelos astrônomos, já que a próxima passagem será em dezembro de 2117. O minúsculo disco escuro no alto à direita é o Sol
Foto: Chris Warren / BBC Brasil
O australiano Paul Haese também capturou a passagem de Vênus entre o Sol e a Terra. O planeta é o minúsculo disco escuro que aparece no quarto superior direito da foto. A imagem também dá ideia da dimensão do Sol, já que a Terra é praticamente do tamanho de Vênus
Foto: Paul Haese / BBC Brasil
Com apenas 13 anos, o americano Thomas Sullivan compôs esta imagem da Via Láctea como pano de fundo do cenário desértico da Califórnia. A árvore em primeiro plano tem mais de 4 mil anos. A foto ganhou menção honrosa na categoria Fotógrafos Jovens