Estudo identifica moléculas que formam memória de longo prazo
10 set2012 - 14h51
(atualizado às 16h37)
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Uma equipe de cientistas identificou as moléculas que permitem que um acontecimento se torne algo que iremos lembrar daqui a seis meses ou anos, segundo um artigo publicado nesta segunda-feira pela revista Journal of Clinical Investigation.
A descoberta pode auxiliar na fabricação de remédios que melhoram a memória e aliviam alguns dos sintomas cognitivos que caracterizam doenças como esquizofrenia, depressão, parkinson e alzheimer. O estudo foi liderado por Joshua Hawk, da Universidade da Pensilvânia, e contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade do Texas.
"Há muitos compostos disponíveis para o tratamento dos sintomas de doenças como a esquizofrenia, mas esses compostos não tratam déficits cognitivos como problemas com a memória", disse Ted Abel, da Universidade da Pensilvânia.
Os cientistas focaram sua atenção em um grupo de proteínas denominadas receptores nucleares e que se relacionam com a regulação de várias funções biológicas, incluída a formação da memória. Os receptores nucleares são um tipo de fator de transcrição, isto é, proteínas que podem se unir com o ácido desoxirribonucleico (DNA) e regulam a atividade de outros genes.
Seu papel regulador pode ser significativo na formação da memória, já que é preciso transcrever os genes para transformar as memórias de curto prazo em lembranças de longo prazo por meio do fortalecimento das sinapses dos neurônios no cérebro.
Para identificar a maneira como esta classe de fatores de transcrição atua na formação da memória, a equipe treinou ratos com um método comum para a criação de memórias de um lugar e um acontecimento de modo que os animais aprendem a vincular um contexto particular ou um determinado tom com uma experiência específica.
Acredita-se que as associações com um lugar ou um contexto ficam codificadas no hipocampo, enquanto a memória associada a algum sinal, como um tom, ficam codificadas na amígdala.
Quando os pesquisadores treinaram os ratos pela segunda vez, observaram que os animais transgênicos tinham uma memória reduzida do lugar onde ocorria a experiência, ou seja, das lembranças que deveriam estar no hipocampo, comparados com os roedores normais. Nos ratos transgênicos, por outro lado, a memória abrigada nas amígdalas permaneciam intactas.
Charlotte Ponce tem a face marcada pelos cirurgiões antes de primeira operação nos Estados Unidos. A menina de 10 anos que foi desfigurada pelo ataque de um guaxinim quando tinha apenas 3 meses de vida passou por uma cirurgia para reconstruir sua face no hospital Beaumont, em Royal Oak
Foto: AP
A cirurgia começou às 8h. Os médicos reconstruíram a linha interna do nariz. Ela saiu da sala de operação às 17h. Devem ser feitos mais quatro ou cinco procedimentos no próximo ano - podendo chegar a dois anos
Foto: AP
O cirurgião Kongkrit Chaiyasate afirma que transplantou tecido do antebraço da menina para o nariz. Em cerca de seis semanas, ele vai usar tecido da testa para fazer a parte externa do nariz. "Ela vai parecer como qualquer outra criança (...) esse é o objetivo", diz Chaiyasate, que é diretor de cirurgia reconstrutiva do hospital
Foto: AP
Os pais da menina perderam a guarda dela após o ataque e parentes a adotaram. O guaxinim era tratado como um animal de estimação pelos pais biológicos e conseguiu sair de sua gaiola e subir no berço da menina Leia mais
Foto: AP
Annita e Adam Tansey com o filho Albert após cirurgia no Reino Unido. Os médicos consideram que o menino é a primeira criança a passar por uma operação que consiste em aspirar um coágulo que obstruía uma artéria no coração. O procedimento é comum em adultos, mas considerado de risco
Foto: The Grosby Group
O pequeno nasceu com a síndrome do coração esquerdo hipoplásico - quando o lado esquerdo do órgão não se forma completamente. Com uma semana de vida, ele já passou pela primeira cirurgia. A segunda veio aos nove meses de idade e os médicos estavam satisfeitos com sua recuperação. Contudo, há um mês, o menino sofreu dores no peito e, no hospital, descobriram que ele teve uma parada cardíaca
Foto: The Grosby Group
O médico Albert Alahmar, que fez a operação, afirma que ele á chamada de "intervenção coronária percutânea" e tem alto risco, já que uma falha em aspirar o coágulo geralmente leva a óbito. O coágulo (na imagem) foi tirado com sucesso e, 11 dias depois, o menino já estava em casa. Leia mais
Foto: The Grosby Group
Um bebê nascido com as artérias do coração invertidas surpreendeu médicos ao fazer uma recuperação. Jayden Brooks, sete meses de idade, foi diagnosticado com a condição, que faz com que o sangue seja bombeado pelo seu corpo na direção errada - gradualmente causando falta de oxigênio nos órgãos -, logo após seu nascimento
Foto: Grosby Group
O bebê surpreendeu médicos ao fazer uma recuperação milagrosa
Foto: Grosby Group
Jayden foi diagnosticado com a condição horas após o nascimento
Foto: Grosby Group
Com apenas 12 horas de vida ele foi diagnosticado com o defeito cardíaco conhecido como transposição das grandes artérias e um buraco no coração
Foto: Grosby Group
Jayden já está em casa, com seus pais e o irmão Joshua
Foto: Grosby Group
Howie Choset constrói robôs - cobras robôs, principalmente - na Universidade Carnegie Mellon, nos EUA. Cientistas e médicos vêm usando as snakebots para operar corações, tratar câncer de próstata e outras doenças
Foto: Keith Srakocic / AP
Os snakebots carregam pequenas câmeras, tesouras e fórceps. Choset acredita que seu robô vai ajudar a reduzir os custos das cirurgias, tornando-as mais rápidas e fáceis
Foto: Keith Srakocic / AP
Especialistas acreditam que um dia os robôs poderão testar elementos químicos no sangue, ou mesmo as conexões elétricas dos nervos
Foto: Keith Srakocic / AP
O tamanho dos robôs cirúrgicos permite que o médico opere com menos danos para o corpo do paciente. Por exemplo, em vez de abrir o peito todo em uma cirurgia cardíaca, faz-se uma pequena incisão, e o robô rasteja para o local desejado
Foto: Keith Srakocic / AP
Dong Kim, chefe de neurocirurgia e diretor do Instituto de Neurociência Mischer no Memorial Hermann - Texas Medical Center-, realizou a ressecção do tumor cerebral durante uma Twittercast ao vivo com fins educativos. Veja a seguir alguns dos momentos
Foto: Twitter / Divulgação
"Cirurgião marca incisão parcial em 'forma de U' para preservar fluxo de sangue no escalpo"
Foto: Divulgação
"Dr. Kim começa a incisão"
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"O retalho ósseo é então entregue à enfermeira cirúrgica para mantê-lo estérilizado durante a cirurgia"
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"A dura (dura-máter, uma das meninges que protegem o cérebro) é aperta, este é o primeiro vislumbre do cérebro
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"Dr. Kim está tocando o cérebro com a sonda de navegação". Na imagem podem ser vistas, acima e abaixo da sonda, duas veias do órgão
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O cirurgião chega ao tumor pouco antes de retirá-lo
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Depois o hospital já mostra a cirurgia encerrada. A instituição teve um problema técnico na transmissão
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Uma menina de 3 anos que teve cerca de 80% do corpo queimado após um acidente durante um churrasco teve a própria pele clonada e implantada na África do Sul. Leia mais