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Arqueólogos acham mais antigo acampamento romano da Alemanha

10 set 2012 - 14h19
(atualizado às 15h53)
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Arqueólogos alemães apresentaram nesta segunda-feira na cidade de Hermeskeil, no oeste do país, vestígios do que é considerado o mais antigo acampamento militar romano já encontrado até hoje no território da antiga Germânia.

O acampamento era utilizado por entre 5 mil e 10 mil legionários
O acampamento era utilizado por entre 5 mil e 10 mil legionários
Foto: Johannes Gutenberg University Mainz/Martin Peilstöcker/The Jaffa Cultural Heritage Project / Divulgação

Construído entre os anos 53 a.C. e 51 a.C., o acampamento foi erguido pelas tropas de Julio César no final das guerras gálicas em um terreno de cerca de 26 hectares protegido por uma muralha de terra. Os arqueólogos da cidade de Mainz, no centro do país, conseguiram datar a idade do acampamento graças aos restos de cerâmica e os pregos das sandálias dos legionários encontrados no local.

O acampamento era utilizado por entre 5 mil e 10 mil legionários e estava estrategicamente situado para manter afastados os celtas, que ocupavam a fortaleza de Hunnenring, localizado nas proximidades do abrigo.

A existência do acampamento romano na colina de Hermeskeil já era apontada desde o século 19, mas sua importância e idade só foram constatadas até as escavações mais recentes, disse a arqueóloga responsável pelos trabalhos no local, Sabine Hornung.

Até agora, pensava-se que o acampamento militar romano mas antigo em solo alemão tinha sido construído no ano 30 a.C na colina de Petris, na cidade de Treveris, no atual Estado da Renânia-Palatinado, na fronteira com Luxemburgo.

Foram encontrados no acampamento de Hermeskeil mais de 70 pregos utilizados nas sandálias, usados para permitir que os legionários andassem em terrenos enlameados sem deslizar. Outros achados relevantes foram algumas armas e um moinho de cereais, que em seu conjunto permitiram determinar que o local não se tratava de um acampamento provisório, mas de um lugar habitado permanentemente.

Sabine disse que ainda há muitos mistérios para desvendar e que por isso as escavações ainda vão durar mais cinco anos. Os arqueólogos pretendem descobrir se o exército romano chegou a travar combates com a fortaleza celta situada a 5 km do acampamento.

EFE   
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